Leonardo Quintão (PMDB-MG): "Nós vamos conduzir a bancada à unidade", disse (Viola Junior/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 15h31.
Brasília - O PMDB anunciou nesta quarta-feira, 9 que a liderança do partido na Câmara passou para o deputado Leonardo Quintão (MG).
Após o anúncio, o novo líder falou pouco e deixou que outros parlamentares da ala pró-impeachment colaborassem com o discurso.
Com o partido dividido entre o governo e a oposição, Quintão frisou a necessidade de unificar a legenda em seu mandato.
"Nós vamos conduzir a bancada à unidade", disse.
Com a discussão do impeachment cada vez mais acalorada, o novo líder preferiu não tomar partido e voltou a falar em unidade.
"Toda a decisão tem que mostrar a maioria do partido, não tenho posição para lado A ou lado B".
Ele disse ainda que se reunirá às 14h30 com o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).
Sobre uma possível aproximação com Dilma Rousseff, o líder se mostrou disposto a conversar caso a presidente o convide, mas que a posição que ele apresentará é a da ala majoritária do PMDB - ou seja, contrária ao governo.
Outro peemedebista, Darcísio Perondi (RS), agradeceu a liderança de Leonardo Picciani (RJ) à frente do PMDB, mas ressaltou que o ex-líder fez uma "ligação direta com a presidente", e que o partido não considerou o movimento uma "boa política".
Ele também criticou a falta de compromisso de Picciani com o programa Ponte para o Futuro, prioridade no partido. "A bancada não pode divergir de uma proposta analisada", disse.
Perondi exaltou o novo líder Quintão e frisou que o Brasil está à "beira do precipício" e precisa de um "homem que aglutina".
Perguntado sobre uma eventual aproximação do partido com a presidente Dilma, Perondi afirmou que "é difícil conversar com a presidente".
Ele destacou ainda que, caso Dilma conceda um ministério à bancada, o posicionamento da legenda na Câmara será não aceitar o convite.
A indicação de Quintão representa uma ameaça ao governo. Picciani havia se aproximado do governo e indicado dois nomes para a reforma ministerial de outubro, Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde).