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Fuga em Mossoró: PF inicia nova fase de operação e prende oitavo suspeito de ajudar fugitivos

Homem foi localizado na Praia do Futuro, em Fortaleza; ele é suspeito de ajudar os dois detentos que escaparam do presídio federal em fevereiro

Buscas aos fugitivos da Penitenciária de Mossoró  (Polícia Federal/ Governo Federal/Divulgação)

Buscas aos fugitivos da Penitenciária de Mossoró (Polícia Federal/ Governo Federal/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de abril de 2024 às 14h55.

Última atualização em 3 de abril de 2024 às 15h23.

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 3, mais um suspeito de ajudar na fuga dos dois detentos da penitenciária federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte. O homem é suspeito de integrar uma rede de apoio mobilizada pelo Comando Vermelho para ajudar Deibson Nascimento e Rogério Mendonça a escaparem das autoridades.

A prisão do suspeito inaugurou uma nova fase na operação que busca recapturar os dois fugitivos. Na última semana, a PF desmobilizou a sua força de elite, o COT (Comando de Operações Táticas), e o Ministério da Justiça retirou o efetivo da Força Nacional da região de Mossoró. Os trabalhos agora se concentram em ações de inteligência para identificar o paradeiro da dupla, como o cumprimento de diligências em locais específicos, a oitiva de suspeitos e o rastreamento de celulares.

O homem preso hoje é o oitavo a ser detido pela PF desde o início das buscas aos dois fugitivos. Ele foi localizado em uma pousada na Praia do Futuro, em Fortaleza, que fica a 250 quilômetros de Mossoró. A suspeita é que a dupla já tenha conseguido se evadir da região da penitenciária.

Eles escaparam da unidade de segurança máxima no dia 14 de fevereiro durante o feriado de Carnaval. Desde então, invadiram algumas casas e fizeram uma família de refém, mas não foram encontrados. Os agentes chegaram a seguir pistas da dupla na zona rural de Baraúna, cidade que faz divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.

Nesta terça-feira, o Ministério da Justiça anunciou o resultado de uma investigação preliminar feita pela corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) sobre a fuga inédita registrada no sistema penitenciário federal. O órgão apontou que houve falhas nos procedimentos de segurança, mas não identificou indícios de corrupção por parte de algum funcionário.

Em razão dos erros no cumprimento dos protocolos, a corregedoria abriu procedimentos administrativos disciplinares (PADs) contra dez servidores. Outros 17 irão assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual eles se comprometem a não cometer as mesmas infrações e deverão passar por um curso de reciclagem.

As informações constam de um relatório elaborado pela corregedora-geral da Senappen, Marlene Rosa. Ela determinou a abertura de uma nova Investigação Preliminar Sumária (IPS) para apurar se problemas estruturais do presídio contribuíram para a evasão inédita no sistema penitenciário federal.

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