Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, conseguiram fugir do presídio em 14 de fevereiro (Polícia Federal/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 8 de abril de 2024 às 13h30.
Última atualização em 8 de abril de 2024 às 13h35.
A Polícia Federal encontrou roupa de camuflagem militar, alimentos, dois fuzis, munições e oito celulares nos três carros do comboio que levava os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró. Eles foram interceptados e presos em uma ponte na BR-222, que liga Belém a Marabá.
As informações constam do inquérito aberto na PF para investigar como os dois fugitivos conseguiram percorrer mais de 1,6 mil quilômetros em 51 dias de fuga, do presídio federal de Mossoró (RN) à rodovia em Marabá (PA). O documento foi obtido pelo O Globo.
Os agentes que fizeram a abordagem relatam que "havia roupas tipo camuflada (verde-oliva militar)" em dois carros do comboio, além de mochilas e alimentos, entre eles frutas, cuscuz e pacotes de salgadinho.
"Tudo numa cena própria de quem está viajando sem parar", descreveu um policial no relato à PF.
O agente ainda acrescentou que "foi achado um aparelho eletrônico que supostamente é capaz de bloquear a trava à distância de carros".
Além das roupas e alimentos, a PF confiscou dois fuzis 5.56, carregadores e munições. Uma das armas estava na posse de Rogério Mendonça, um dos foragidos de Mossoró. A outra estava escondida no banco de trás de um dos veículos e foi detectada por um cão farejador da Guarda Municipal de Marabá.
Segundo as investigações da PF, os dois fugitivos estavam recebendo ajuda de integrantes do Comando Vermelho das regiões Norte e Nordeste — dois dos quatro comparsas presos com a dupla tinham passagens por tráfico de drogas.
Os policiais também confiscaram oito celulares que estavam nos carros. A partir da perícia nos aparelhos e veículos, a PF pretende chegar em quem eram os financiadores e os articuladores da fuga.