Brasil

Frente de oposição a Bolsonaro organiza ato contra Weintraub

Movimento "Direitos Já, Fórum da Democracia" fará seu primeiro ato no dia 30 de março contra o ministro da Educação

Movimento "Direitos Já, Fórum da Democracia" criou um conselho político com representantes de 14 partidos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Movimento "Direitos Já, Fórum da Democracia" criou um conselho político com representantes de 14 partidos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 15h45.

Criado com objetivo de ser uma frente suprapartidária de oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), o movimento "Direitos Já, Fórum da Democracia" instalou ontem um conselho político com representantes de 14 partidos. O coletivo, que é coordenado pelo sociólogo Fernando Guimarães, vai elaborar manifestos e promover atos de protesto contra ações do Palácio Planalto que, segundo eles, atentem contra a "democracia e os direitos fundamentais".

O primeiro grande evento do ano foi marcado para o dia 30 de março, véspera do aniversário do golpe militar de 1964, em São Luís do Maranhão. O tema será a educação e o principal alvo, o ministro Abrahan Weintraub, titular da pasta. Chefe do executivo do estado, Flávio Dino (PCdoB) é o governador que faz a oposição mais dura a Bolsonaro. Ele é apontado entre líderes da esquerda como presidenciável em 2022 ou vice em uma chapa liderada pelo PT.

O "Direitos Já" também é visto por seus integrantes como um laboratório que visa buscar convergências para a formação de uma frente ampla anti-Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais. A reunião de ontem teve um caráter "ecumênico" e reuniu antigos adversários políticos.

Estavam presentes, entre outros, o deputado federal Vinícius Poit (Novo-SP), o senador Armando Monteiro (PTB-PE), o deputado federal Raul Henry (MDB-PE), a vereadora Soninha Francine (Cidadania-SP), o presidente nacional do PV, José Luiz Penna (SP) e o ex-presidenciável da sigla, Eduardo Jorge (SP), o porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, Pedro Ivo (DF), o ex-senador José Aníbal (PSDB), o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido).

Na reunião de lançamento do movimento, em maio do ano passado, Guimarães reuniu cerca de 40 convidados. Entre eles estavam o ex-ministro Aloizio Mercadante, o ex-prefeito Fernando Haddad e o ex-ministro da Justiça José Gregori (PSDB). A ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) se uniu mais tarde ao "Direitos Já" para, segundo ela, formar uma frente ampla de centro esquerda contra Bolsonaro.

Acompanhe tudo sobre:abraham-weintraubGoverno BolsonaroMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ