Deputado Roberto Freire, presidente do PPS: "Campos traz para a oposição uma dissidência do regime", complementou (Renato Araújo/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 19h58.
Angela Lacerda - "Queremos derrotar o governo e é mais fácil derrotar o governo com Eduardo Campos do que com Aécio Neves". A afirmação foi feita nesta segunda-feira, 16, pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire, no Recife, ao explicar de forma pragmática porque o PPS decidiu apoiar a candidatura do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB à presidência da República.
"Campos traz para a oposição uma dissidência do regime", complementou Freire, no saguão de um hotel na praia de Boa Viagem, antes do seu primeiro encontro com Campos depois da decisão do PPS. "Ele pontuou que este governo se esgotou". Roberto Freire também destacou que as críticas do PSB à política econômica do governo petista se assemelham mais às posições do PPS do que as de Aécio.
"Temos mais convergências que divergências", frisou, ao reconhecer que não há unanimidade no PPS em relação à aliança com o PSB em todos os Estados. Para ele, o foco, no momento, é a consolidação do acordo nacional. Depois, com o tempo, as questões locais serão analisadas. A sua crença, no entanto, é que nenhum diretório estadual do PPS vai estar no palanque da presidente Dilma.
Acompanhado de um grupo de parlamentares do PPS, a exemplo dos deputados federais Arnaldo Jardim (SP) e Carmem Zanotto (SC), Freire deveria se encontrar a sós para uma breve conversa com Campos antes do início do evento que tinha como tema "Juntos vamos mudar o Brasil". Preso pelo trânsito - segundo sua assessoria - Campos ainda não havia chegado ao local do encontro até às 20h10.