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Franco nega pressões ao Brasil através de brasiguaios

Presidente negou manipular os colonos "brasiguaios" para exercer pressão sobre o Governo do Brasil


	"Não pressionamos ninguém (...) ao contrário, são os próprios cidadãos paraguaios de origem brasileira que pedem ao Governo brasileiro que retire o isolamento imposto ao Paraguai", disse
 (Norberto Duarte/AFP)

"Não pressionamos ninguém (...) ao contrário, são os próprios cidadãos paraguaios de origem brasileira que pedem ao Governo brasileiro que retire o isolamento imposto ao Paraguai", disse (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 16h14.

Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, negou nesta sexta-feira manipular os colonos "brasiguaios" para exercer pressão sobre o Governo do Brasil, como disse um assessor da presidente Dilma Rousseff.

"Não pressionamos ninguém (...) ao contrário, são os próprios cidadãos paraguaios de origem brasileira que pedem ao Governo brasileiro que retire o isolamento imposto ao Paraguai", disse em alusão a declarações do assessor Marco Aurélio Garcia publicadas pela imprensa de Assunção.

O assessor se referia ao recente encontro de Franco com representantes da grande colônia de origem brasileira que vive no leste paraguaio, durante uma visita a essa zona de fronteira com o Brasil.

Franco, que reiterou em sua entrevista coletiva quinzenal seu "respeito" pelas opiniões de García, destacou que o Paraguai "teve muitos atritos entre liberais e colorados, cerristas e olimpistas (em futebol), para que agora haja um novo".

"Nós não (o) vamos permitir. Eu não acredito na origem; na presença dos colonos brasileiros no leste do país foi fundamental para o desenvolvimento do Paraguai", destacou.

"Nossa relação vai ser sempre com o povo brasileiro, o que suas autoridades e alguns assessores possam pensar, nós (o) respeitamos. No entanto, levamos em conta que os cidadãos paraguaios de origem brasileira hoje dormem felizes (e) trabalham tranquilos", observou.

Na mesma entrevista coletiva, o chanceler, José Félix Fernández Estigarribia, especificou que no Paraguai "não há discriminação" e se considera "importante" o investimento brasileiro.

"É ao contrário do que diz Marco Aurélio Garcia: são eles como cidadãos brasileiros ou filhos de cidadãos brasileiros que reivindicam ao Governo do Brasil as medidas tomadas com o Paraguai", asseverou.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul por decisão de seus três parceiros, Brasil, Argentina e Uruguai, após a cassação em julgamento político do presidente Fernando Lugo, ao qual sucedeu Franco, há três meses.

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