Torcedor francês assiste a partida contra a Nigéria em um telão na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 20h20.
Rio - Franceses e alemães que já estão no Rio para o confronto de sexta-feira no Maracanã parecem dispostos a pagar caro para assistir ao que consideram o mais difícil jogo dessa Copa.
Na multidão de turistas da praia de Copacabana, alguns tentam conseguir ingresso com plaquinhas de "I need tickets" (Preciso de ingressos) e conversando com compatriotas, identificados pelas cores das camisas e rostos pintados.
Em sua primeira Copa "in loco", o estudante francês Cherif Massaoud, de 16 anos, que viaja com o pai e o irmão menor, contou que a família está em busca de entradas por até R$ 2.000,00 para o jogo entre França e Alemanha pelas quartas de final.
"Está muito difícil de conseguir. Mas vale a pena, vai ser o jogo mais emocionante até agora", contou o garoto, que tem procurado no site da Fifa e com cambistas que circulam por Copacabana.
Jens Torre, estudante de 21 anos de Düsseldorf, paga até R$ 1.000,00 pelo ingresso.
"A Alemanha vai precisar jogar melhor do que mostrou até agora para continuar na Copa. Não faz diferença alguma na hora do jogo se temos três Copas e a França, uma", opinou.
Já o corretor de seguros Jorg Pannenbacker, alemão de 50 anos, que pagou R$ 1.500 pela entrada, aposta num 2 a 0 para o time de Joachim Löw.
"A Alemanha é claramente superior. Não temos uma estrela só, um Messi ou um Neymar, e isso é bom, pois o adversário tem trabalho com o time todo", avaliou.
Nas proximidades da Fan Fest do Rio, as duas torcidas brincam entre si. Apresentados pela reportagem, os irmãos alemães Ann e Konny Schmidt e a turma de franceses de Elian Du Michel posaram para fotos simulando estarem num ringue.
"A Copa é uma festa de todos. Vai ser um jogo difícil e lindo", acredita Ann.
Desesperado por ingressos, um trio de franceses circulava com plaquinhas nesta terça-feira pelo Rio. Não quiseram dar entrevista. "Se você não tem ingresso, não falo com você", cortou o menos simpático deles.