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França reitera confiança em venda de caças ao Brasil

Aviões franceses de combate "Rafale" são preferidos do presidente Lula e do ministro da Defesa Nelson Jobim

Lula e Nicolas Sarkozy: contrato pode render bilhões à empresa francesa Dassault (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Lula e Nicolas Sarkozy: contrato pode render bilhões à empresa francesa Dassault (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 14h53.

Seul - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reiterou nesta sexta-feira que tem confiança na possibilidade de obter o contrato bilionário de venda de caças ao Brasil, uma licitação que tem na disputa o modelo francês Rafale, ao fim da reunião do G20 de Seul.

"Continuo confiante na possibilidade de concretizar a venda", declarou Sarkozy durante uma entrevista coletiva após a conclusão da reunião de cúpula do G20 na capital sul-coreana.

Sarkozy teve um rápido encontro bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à margem da reunião. A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, também participou da conversa.

Os aviões de combate Rafale construídos pela francesa Dassault competem com o americano F/A-18 Super Hornet (Boeing) e com o sueco Gripen NG (Saab) por um contrato de bilhões de dólares para a compra de 36 caças pelo Brasil.

A decisão do governo Lula - que deixará o cargo em janeiro e será sucedido por Dilma Rousseff - não tem prazo para ser anunciado.

O Rafale foi descrito como favorito pelo presidente Lula e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, já que a Dassault se comprometeu com uma transferência irrestrita de tecnologia para o Brasil em conjunto com o contrato de compra.

Mas informações da imprensa brasileira apontam o Grippen sueco como o favorito da Aeronáutica.

O Brasil deseja modernizar sua infraestrutura militar, o que inclui vários contratos milionários com transferência de tecnologia, o que permitirá ao país, no futuro, produzir e comercializar os próprios produtos na América Latina, além de instalar fábricas de equipamento militar em seu território.

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