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Fragmentos de óleo voltam a aparecer em três estados do Nordeste

Segundo a Marinha do Brasil, o material encontrado é vestígio da substância que começou a aparecer na região em agosto de 2019

Mancha de óleo atinge praia de Carneiros, cartão-postal de Pernambuco, em outubro de 2019 (Teresa Maia/Reuters)

Mancha de óleo atinge praia de Carneiros, cartão-postal de Pernambuco, em outubro de 2019 (Teresa Maia/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2020 às 13h50.

Fragmentos de óleo voltaram a aparecer em praias da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas desde 19 de junho. Segundo a Marinha do Brasil, o material é um vestígio da substância que começou a aparecer no litoral do Nordeste em agosto de 2019, há 10 meses.

Uma análise feita no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreiro (IEAPM), no Rio, concluiu que os resíduos têm os "perfis químicos compatíveis com o material que atingiu a costa brasileira, sobretudo no Nordeste, em 2019".

"Com base no exame realizado, a chegada desse material deve consistir na reincidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações de resposta", diz nota divulgada pela Marinha.

O comunicado ainda afirma que o aparecimento do óleo se deve "possivelmente" a "fatores meteorológicos, como alterações no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram o ressurgimento desses fragmentos neste último final de semana".

Segundo a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), fragmentos de óleo também foram encontrados em 25 de junho na praia de Piatã, em Salvador. O material foi coletado e será analisado no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreiro, no Rio.

"A CPBA mantém o procedimento de monitoramento, de forma rotineira, das praias do litoral baiano. Caso aviste óleo nas praias, disque 185", diz a capitania em nota. Além disso, moradores também relatam ter encontrado fragmentos em Sergipe nos últimos dias.

Os resíduos começaram a aparecer no litoral brasileiro em 30 de agosto de 2019, somando toneladas de óleo que atingiram 130 municípios de 11 Estados. O material chegou a atingir animais aquáticos e aves, além de impactar corais e áreas de proteção ambiental.

Até março deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou mapas das localidades vistoriadas. No dia 19 daquele mês, 135 localidades (territórios equivalentes a até 1 quilômetro) ainda tinham vestígios de óleo no Maranhão, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe, na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

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