Baía de Guanabara: saneamento de 80% da baía, que vai receber as provas de vela, era um dos maiores desafios dos Jogos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2016 às 10h04.
Rio de Janeiro - O economista Sergio Besserman, presidente do Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura do Rio responsável pelo planejamento da cidade, classificou de "legado olímpico" a tensão causada pelo fracasso na despoluição da Baía de Guanabara para os Jogos.
O saneamento de 80% da baía, que vai receber as provas de vela, era um dos maiores desafios dos Jogos.
"A sociedade ficou 'mordida' com isso. Essa tensão gerada é um tremendo legado", disse Besserman ontem, em painel sobre a construção das "cidades do amanhã".
O evento no Museu do Amanhã foi feito pelo Columbia Global Center do Rio, em comemoração ao terceiro aniversário do braço local da Universidade de Columbia, de Nova York.
Besserman acredita que o maior entrave para a limpeza é governança. Isso porque a atribuição da despoluição é estadual, mas as medidas para coibir o lançamento de esgoto doméstico e industrial e lixo cabem aos municípios.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB) participou do painel como orador principal e lembrou que o Rio venceu a disputa para a sede dos Jogos justamente por ter a pior infraestrutura.
O argumento usado: aqui, a competição faria diferença para a cidade e para a população, pois traria melhorias, quando em cidades como Tóquio, Chicago e Madri "já está tudo pronto".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.