Marielle Franco: Trajano reforçou que o grupo Mulheres do Brasil, movimento do qual faz parte, está se mobilizando contra o assassinato (Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2018 às 16h23.
Última atualização em 15 de março de 2018 às 17h45.
São Paulo - O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, mortos na quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro, repercutiu entre empresários que cobraram uma rápida investigação do caso durante o Fórum Econômico Mundial sobre América Latina, em São Paulo.
O presidente do Itaú Unibanco, Candido Botelho Bracher, que participou de um debate sobre liderança, pediu licença para começar seu discurso citando o caso do Rio de Janeiro. "Uma coisa terrível, desejo que seja esclarecido com a máxima rapidez", afirmou o executivo.
Em seguida, a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, também se manifestou.
"A sociedade não pode aceitar, em um país democrático, onde a gente fala tudo o que quer, uma morte porque alguém falou que a polícia invadiu. Tem que descobrir quem fez isso. Não pode ficar impune", disse Luiza.
Ela reforçou que o grupo Mulheres do Brasil, movimento do qual faz parte, está se mobilizando contra o assassinato. Marielle, morta ontem, denunciava supostos excessos de policiais durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.
Mais cedo, também no Fórum, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que o caso é "mais uma tragédia" no Rio de Janeiro, mas que não coloca em xeque a intervenção do governo no Estado. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou que seja feita uma investigação rigorosa e defendeu a prisão dos criminosos.