Caberá ao juiz Sérgio Moro decidir se extingue ou não a punibilidade de Marisa Letícia no caso (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 13h32.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2017 às 14h52.
São Paulo - Os procuradores da força tarefa da operação Lava Jato pediram ao juiz Sérgio Moro que seja extinta a punibilidade da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que morreu no início deste mês vítima de um acidente vascular cerebral, consequência da ruptura de um aneurisma.
Mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia era ré ao lado do marido em duas ações penais da Lava Jato que tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba, liderada por Moro.
"O Ministério Público Federal requer que seja declarada extinta a punibilidade da acusada", afirma documento enviado pelo MPF a Moro nos autos da ação penal em que Lula é acusado de ter recebido vantagens ilícitas da empreiteira OAS na forma de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e no pagamento de despesas referentes ao armazenamento de bens do ex-presidente.
A manifestação dos procuradores aconteceu em resposta à determinação de Moro para que o MPF se pronunciasse sobre pedido da defesa de Lula e de Marisa Letícia que pediram a absolvição sumária da ex-primeira-dama em consequência de sua morte no início de fevereiro.
Caberá a Moro decidir se extingue ou não a punibilidade de Marisa Letícia no caso.
Além do processo envolvendo o tríplex, a ex-primeira-dama também é ré ao lado de Lula em outra ação penal da Lava Jato que tramita na vara de Moro e que trata de acusações de pagamento de propina pela Odebrecht na forma de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula e de um apartamento cobertura em São Bernardo vizinho à residência do ex-presidente.