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Força-tarefa apura denúncias contra João de Deus em seis países

Entre as possíveis vítimas, estão mulheres vivendo na Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, nos Estados Unidos e na Suíça

João de Deus, médium acusado de abuso sexual (Cesar Itiberê/Fotos Públicas)

João de Deus, médium acusado de abuso sexual (Cesar Itiberê/Fotos Públicas)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de dezembro de 2018 às 09h47.

Última atualização em 15 de dezembro de 2018 às 12h31.

A força-tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) apurou denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, em seis países. Possíveis vítimas procuraram o grupo para denunciar casos de abuso sexual, mesmo vivendo na Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, nos Estados Unidos e na Suíça.

Desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para receber denúncias de vítimas, 335 mensagens e contatos por telefone foram atendidos. O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br.

De acordo com o Ministério Público, as denúncias se referem a possíveis vítimas que estão em Goiás, no Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo, no Paraná e Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Espírito Santo e Rio Grande do Sul, em Mato Grosso do Sul, no Pará, em Santa Catarina, no Piauí e Maranhão.

Também já houve levantamento do número de depoimentos coletados em outros estados. Ao todo, foram 30 colhidos pelos MPs de São Paulo, Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo.

Reunião

No esforço de ampliar a integração da atuação do MP e da Polícia Civil no caso, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, esteve com o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes. Mais dois nomes serão incorporados à força-tarefa.

Um deles é o de uma promotora de Abadiânia, cidade goiana onde o médium presta atendimento espiritual, e outro é de uma delegada na força-tarefa criada pelo MP. O grupo era, até então, formado por cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP.

O procurador-geral de Justiça também encaminhou um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs estaduais e do Distrito Federal solicitando a designação de unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.

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