Brasil

Força Sindical promete parar portos e rodovias na quinta

De acordo com a central sindical, pelo menos sete rodovias que passam pela capital paulista terão trechos interrompidos pelos trabalhadores

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 14h38.

São Paulo - A Força Sindical divulgou na manhã desta segunda-feira, 8, sua agenda preliminar das manifestações que pretende realizar na quinta-feira, 11, quando as centrais sindicais, de forma conjunta, planejam o Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações.

As centrais sindicais decidiram realizar o evento para defender a pauta trabalhista, que inclui o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho, entre outros pleitos históricos do movimentos.

De acordo com a Força, pelo menos sete rodovias que passam pela capital paulista terão trechos interrompidos pelos trabalhadores. Além disso, ao menos três portos - Santos-SP, Paranaguá-PR e Suape-PE -, nos quais a Força representa a maioria dos sindicatos, serão paralisados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, cerca de 80% das exportações brasileiras passam pelos portos de São Paulo e Paraná.

"Tudo que o Brasil exporta de soja, por exemplo, sai de Santos e Paranaguá." Ele afirmou que há uma estimativa da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) segundo a qual cada dia de paralisação no Porto de Santos faz com que R$ 70 milhões deixem de ser movimentados.

O sindicalista disse ainda que o congestionamento causado pela manifestação dos trabalhadores na quinta-feira deverá fechar parte da Rodovia Anchieta. "Vai ser muito pior do que os congestionamentos que já temos normalmente. Vamos andar pela Avenida Perimetral do porto até a entrada da cidade de Santos." Segundo ele, essa ação fará com que "o carrossel das empresas seja quebrado".

"Com o porto fechado, as empresas terão que mudar sua programação. Normalmente, elas calculam o seu sistema logístico imaginando o funcionamento normal das operações." Para Rodnei, mesmo com os transtornos que serão causados, a ação é importante para a luta dos trabalhadores. "O prejuízo fica com eles (empresas)."


Além da paralisação da próxima quinta-feira, os portos também estarão fechados no dia anterior. O protesto na quarta-feira (10) será contrário à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos.

Estradas

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força, confirmou atos em pelo menos sete rodovias na quinta-feira: Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra, Anchieta, Mogi-Bertioga, Castelo Branco e Anhanguera.

Na Fernão Dias, a manifestação deve começar na altura de Guarulhos e seguir em direção à Dutra. Haverá concentração de trabalhadores em frente ao Internacional Shopping Guarulhos. Já na Raposo Tavares, o ato se estenderá entre os quilômetros 14 e 18. Na Dutra, além de manifestações próximas à capital paulista, haverá paralisação em trechos próximos a Volta Redonda e a Resende.

Na capital paulista, Paulinho afirmou que o trânsito na cidade "ficará um inferno". Há atos previstos na Marginal do Tietê, na Radial Leste e na Avenida do Estado.

No total, a Força Sindical estará à frente de pelo menos 12 pontos de paralisações na cidade. Há ainda uma grande manifestação prevista na Avenida Paulista, ao meio-dia, que reunirá representantes de todas as centrais sindicais.


Outros Estados

A Força Sindical também informou ter a confirmação de manifestações em vários Estados do País. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a BR-290, conhecida como Freeway, terá protestos desde as 7 horas. Na capital gaúcha, está prevista a concentração de trabalhadores, às 16 horas, em frente à prefeitura.

Já em Santa Catarina, a BR-101 terá atos nas proximidades de Itajaí, Laguna, Chapecó e Criciúma. Em Florianópolis, a partir das 15 horas, haverá concentração na Praça Tancredo Neves. No Paraná, a BR-277 e a BR-376 deverão ter trechos interrompidos.

Em Curitiba, a Praça Rui Barbosa, no centro, terá concentração de trabalhadores às 16 horas. No Rio de Janeiro, o ponto de encontro dos manifestantes será na Cinelândia, às 15 horas.

Em Pernambuco, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão interrompidas e 55 mil funcionários do Complexo Portuário de Suape-Ipojuca não vão trabalhar durante todo o dia.

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores deverão se concentrar na Avenida Beira-Mar. Já em Manaus, os cerca de cem mil trabalhadores do Parque Industrial deverão cruzar os braços.

Acompanhe tudo sobre:EstradasGrevesInfraestruturaPortosSetor de transporteSindicatosTransportes

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto