Forças armadas em ação no Rio de Janeiro 25/05/2013 (Agência Brasil)
Talita Abrantes
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 11h16.
Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 13h08.
São Paulo – O governo federal vai disponibilizar, em um primeiro momento, mil homens das Forças Armadas para atuar em presídios estaduais em resposta à demanda dos estados. A liberação inédita foi autorizada hoje por meio de decreto assinado pelo presidente Michel Temer.
Segundo o ministro Raul Jungmann (Defesa), o orçamento inicial para a operação é de 10 milhões de reais.
“A previsão inicial é de mil homens em trinta equipes. Como nós atuamos por demanda, esse número eventualmente poderá crescer”, afirmou o ministro durante entrevista coletiva em Brasília nesta quarta-feira (18).
De acordo com o decreto editado hoje, os militares poderão fazer buscas por armas, celulares, drogas e outros materiais proibidos nas prisões.
Segundo o ministro, os membros das Forças Armadas não terão contato com os presos. Quando a operação for realizada, as forças de segurança locais deverão direcionar os detentos para outro pavilhão.
Além disso, segundo Jungmann, os militares apenas entrarão nos presídios quando a chance de rebelião foi mínima ou nula.
Serão empregados militares que já atuaram em operações de varredura e segurança realizadas durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, sempre que possível deslocados de outras unidades da federação, para garantir a segurança das equipes.
"Há [no sistema prisional] um vetor que aumenta a letalidade e a violência [das rebeliões], que é a presença de armas nos presídios e penitenciárias. Nossa contribuição é fazer essa limpeza a pedido dos governadores", afirmou o ministro.
Jungmann admite que essas operações não resolvem o problema. 'Não temos a menor ilusão ou a pretensão de que apenas esses esforços venham a debelar ou resolver essa questão […] Estamos contribuindo para reduzir a possibilidade e a letalidade dessas tragédias".
ERRATA: Matéria atualizada para corrigir o título que afirmava que a Força Nacional faria operações em presídios. Na verdade, essa tarefa será das Forças Armadas.