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Força Nacional do SUS quer evitar epidemias em Rondônia

Atingido pela cheia do Rio Madeira, estado confirmou 45 casos de leptospirose; também há a suspeita de casos de cólera na cidade de Jacy-Paraná


	Cachorro em rua alagada de Rondônia: outro agravante da enchente do Rio Madeira é o número de animais mortos que estão descendo o rio desde a Bolívia, o que aumenta a contaminação da água
 (Lunae Parracho / Greenpeace)

Cachorro em rua alagada de Rondônia: outro agravante da enchente do Rio Madeira é o número de animais mortos que estão descendo o rio desde a Bolívia, o que aumenta a contaminação da água (Lunae Parracho / Greenpeace)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 12h58.

Brasília - A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) vai atuar, junto com a Secretaria de Saúde de Rondônia, para coibir a epidemia de doenças como o cólera e a leptospirose no estado, atingido pela cheia do Rio Madeira. Segundo a secretaria, foram confirmados 45 casos de leptospirose no estado. Também há suspeita de dois casos de cólera em Jacy-Paraná, a 90 quilômetros de Porto Velho.

A leptospirose e o cólera são infecções agudas, causadas por bactérias comumente associadas a chuvas e alagamentos, já que o contágio se dá pelo contato com a água contaminada. Diante do risco do aumento de doenças, a Secretaria de Saúde alerta a população para intensificar os cuidados.

Outro agravante da enchente do Rio Madeira é o número de animais mortos que estão descendo o rio desde a Bolívia, o que aumenta a contaminação da água.

Poços artesianos em Jacy-Paraná estão contaminados e serão interditados a partir desta quinta-feira (27). Outra área de risco é o bairro dos Milagres, na capital, de acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Porto Velho.

Integrantes da Força Nacional do SUS estarão hoje nos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, que permanecem isolados. Os profissionais vão ajudar em atendimentos emergenciais, no diagnóstico da situação e na elaboração de estratégias para melhorar a assistência às vítimas.

Desde terça-feira (25), três equipes estão no estado para intensificar as ações de auxílio aos desabrigados.

Para atender às vítimas das enchentes, o Ministério da Saúde enviou a Rondônia, desde o início das chuvas, 6,25 toneladas de medicamentos e insumos divididos em 25 kits, capazes de atender a 37,5 mil pessoas em um mês.


O estado também recebeu 750 mil frascos de hipoclorito, utilizado na purificação da água, 1.090 ampolas de soro para serem usadas em acidentes com animais peçonhentos e 193 kits de diagnóstico para leptospirose.

A Força Nacional do SUS foi criada em novembro de 2011 para agir no atendimento às vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico. As equipes são compostas por um coordenador, dois médicos, quatro enfermeiros e três técnicos de enfermagem, todos especializados em emergência e urgência.

O Rio Madeira, em Porto Velho, continua subindo e atingiu hoje a marca de 19,65 metros, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). O rio está mais de 2 metros acima do recorde histórico registrado em 1997, de 17,52 metros acima do nível normal.

Segundo a Defesa Civil Estadual, já são 4.662 famílias afetadas em Rondônia. Em Porto Velho e em 15 distritos do entorno, a região mais prejudicada, 3.371 famílias tiveram que deixar suas casas e estão em abrigos públicos.

Outras cidades muito atingidas são Nova Mamoré, Guajará-Mirim, Cacoal, Costa Marques e Candeias do Jamari.

O tráfego na BR-364, no quilômetro (km) 232, na altura da cidade de Cacoal, permanece em meia pista, mas há previsão de que as duas pistas voltem a ser liberadas ainda hoje.

O trânsito continua interrompido entre os km 798 e 800 e entre os km 861 e 882 porque as pistas estão alagadas. O volume de água sobre a pista atingiu 1,5 metro de altura, comprometendo a segurança dos motoristas.

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