Bolsonaro e Silvio Santos: participação do presidente no programa do SBT foi ao ar neste domingo, 5 (Facebook/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2019 às 07h14.
Última atualização em 6 de maio de 2019 às 07h33.
#ForaSantosCruz
O ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto Santos Cruz, foi alvo de ataques nas redes sociais neste fim de semana após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) desautorizá-lo indiretamente dizendo que não pretende regulamentar os meios de comunicação. “Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluída as sociais. Quem achar o contrário recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba”, afirmou o presidente em seu Twitter. Em entrevista à rádio Jovem Pan há um mês, Santos Cruz disse que a legislação sobre as redes sociais “tem de ser melhorada”. Apoiadores do filósofo Olavo de Carvalho vêm usando no Twitter a hashtag #ForaSantosCruz, e as desavenças tornaram-se novo episódio na briga entre as alas militar e olavista do governo.
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Bolsonaro e Silvio Santos
Foi ao ar neste domingo, 5, a participação do presidente Jair Bolsonaro em programa do apresentador Silvio Santos, da rede de televisão SBT. O programa foi gravado na quinta-feira, 2. A participação de Bolsonaro tinha como intuito divulgar a reforma da Previdência aos telespectadores. “Essa reforma é para ajudar os pobres, é exatamente o contrário do que os políticos de esquerda vêm dizendo”, afirmou o presidente, que foi apoiado pelo apresentador na explicação da reforma. Silvio Santos, contudo, criticou a proposta de flexibilização do porte de arma: “Esse negócio de arma de fogo não pode aprovar. Vai virar um faroeste!”, disse. Bolsonaro também aproveitou para dizer que muitas medidas provisórias atrapalham o Congresso, e fez afagos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem vinha se desentendendo.
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Contra cortes, protestos no Rio
Estudantes de três instituições de ensino federais estão organizando uma manifestação para a manhã desta segunda-feira, 6, em frente ao Colégio Militar do Rio (CMRJ). O presidente Jair Bolsonaro estará na instituição para o lançamento de um selo e de uma medalha comemorativos aos 130 anos do CMRJ. A manifestação será em protesto contra cortes de 30% no orçamento das instituições federais anunciados pelo ministro da educação, Abraham Weintraub. Nem só as universidades sofrerão cortes: apesar do discurso do governo federal dizendo que os cortes nas universidades seriam para gerar recursos para o ensino básico, ao menos 2,4 bilhões de reais que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio também foram bloqueados, segundo levantamento encomendado pelo jornal O Estado de S.Paulo.
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Guaidó não comparece
O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, não compareceu a vigília que convocou no domingo para homenagear as vítimas da repressão militar que estavam nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro ao longo da semana. Embora Guaidó diga que vá continuar organizando protestos, os atos vem ficando mais vazios, como foi o caso de uma marcha aos quartéis no sábado, 4. Guaidó falhou em obter apoio dos militares para levar adiante a derrubada de Maduro, em movimento que começou na terça-feira, 30.
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Trump volta a ameaçar China
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang afirmou nesta segunda-feira que uma delegação do país ainda prepara uma viagem aos Estados Unidos para uma nova rodada de negociações comerciais. No domingo, 5, o presidente Donald Trump anunciou pelo Twitter mais tarifas contra produtos chineses e disse que há dificuldade nas negociações com Pequim. O porta-voz chinês comentou que os EUA já fizeram ameaças de tarifas “muitas vezes” anteriormente. O índice referencial da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, abriu nesta segunda-feira (pelo horário local) em baixa de 2,44%, aos 29.346 pontos.
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Extrema-direita lidera na França
De acordo com pesquisa de opinião divulgada pelo instituto Ipsos neste domingo, o partido da líder de extrema-direita Marine Le Pen vencerá as eleições deste mês na França para o Parlamento Europeu com 22% dos votos, pouco a frente do partido REM, do presidente Emmanuel Macron, que vê a imagem desgastada com os protestos frequentes do movimento “coletes amarelos”, contra o aumento do diesel. Foi a primeira vez que o partido de Le Pen apareceu à frente do de Macron nas pesquisas. As eleições para a UE serão realizadas em 26 de maio na França. Em outros países, partidos de extrema-direita como a AfD na Alemanha e o Movimento 5 Estrelas na Itália também tentam eleger representantes para o parlamento europeu.