Brasil

Foi um discurso objetivo e contundente, não foi agressivo, diz Bolsonaro

Na ONU, o presidente fez um discurso atacando o socialismo e o que ele classificou como "ambientalismo radical" e "indigenismo ultrapassado"

Jair Bolsonaro: o presidente afirmou, na ONU, que precisava esclarecer o que é o bolsonarismo e fez críticas a Alemanha e França, não diretamente a seus mandatários (Carlo Allegri/Reuters)

Jair Bolsonaro: o presidente afirmou, na ONU, que precisava esclarecer o que é o bolsonarismo e fez críticas a Alemanha e França, não diretamente a seus mandatários (Carlo Allegri/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 15h02.

Última atualização em 24 de setembro de 2019 às 15h26.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 24, que o discurso feito na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta manhã, "não foi agressivo".

"Foi um discurso bastante objetivo e contundente, não foi agressivo, eu estava buscando restabelecer a verdade das questões que estamos sendo acusados no Brasil", disse Bolsonaro.

A jornalistas, o presidente brasileiro disse que não citou diretamente o presidente da França, Emmanuel Macron. "Eu não citei o nome do Macron, nem da Angela Merkel, chanceler da Alemanha, citei a França e a Alemanha como países que mais de 50% do seu território é usado na agricultura, no Brasil é apenas 8%, tá ok?", acrescentou.

 

Em sua estreia na ONU, Bolsonaro fez um discurso desafiador e reiterou conceitos do "bolsonarismo" ao atacar o socialismo e o que ele classificou como "ambientalismo radical" e "indigenismo ultrapassado". Nas críticas, o presidente brasileiro fez menção direta à França, país que esteve na linha de frente das críticas ao Brasil na questão da Amazônia.

Bolsonaro disse a jornalistas que deve encontrar o presidente americano, Donald Trump, nesta noite. "Hoje à noite devemos estar juntos no coquetel", disse.

Depois de discursar, o presidente foi para a plateia do plenário da ONU para assistir ao discurso do presidente dos Estados Unidos. De lá, voltou ao hotel onde está hospedado e saiu no início da tarde para almoçar.

Questionado sobre onde iria almoçar, Bolsonaro disse que iria "comer num podrão aí fora, aí" e depois que não tem "a menor ideia" de onde iria comer.

O presidente não teve encontros bilaterais agendados com líderes de outros países durante sua passagem que deve durar cerca de 30 horas em Nova York.

A justificativa do Planalto e do Itamaraty para a ausência de outros compromissos oficiais é a condição de saúde do presidente, que se recupera de uma cirurgia.

Ele chegou no fim da tarde da segunda-feira ao hotel onde está hospedado em Nova York e saiu para jantar em um restaurante italiano próximo, por cerca de duas horas. Ele ainda segue limitações de alimentação, segundo médicos.

Bolsonaro terá, durante a tarde, um encontro com o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Ele já elogiou a política de "tolerância zero" de Giuliani durante gestão da cidade, para reduzir índices de criminalidade. A agenda do presidente prevê a volta a Brasília ainda na noite desta terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpJair BolsonaroONU

Mais de Brasil

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje