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Focos de incêndio assustam moradores em Petrópolis

Moradores viveram tarde de apreensão com focos de incêndio próximos das casas na região serrana fluminense


	Helicóptero auxilia no combate ao incêndio que atinge a região serrana do Rio
 (Divulgação/Governo do Rio de Janeiro)

Helicóptero auxilia no combate ao incêndio que atinge a região serrana do Rio (Divulgação/Governo do Rio de Janeiro)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 18h46.

Rio de Janeiro - Moradores dos bairros de Pedro do Rio e Secretário, em Petrópolis, na região serrana fluminense, viveram uma tarde de apreensão com os focos de incêndio próximos de áreas residenciais.

A inspetora de escola Gracimar Moulin, de 38 anos, desabafava com as vizinhas a preocupação com fogo.

Desde a noite de ontem (16), quando um foco de incêndio começou a crescer no morro próximo à casa onde reside na comunidade Alto Pegado, na Estrada do Secretário, ela chegou a ficar desesperada.

"Estou até tremendo de nervoso, mesmo. A qualquer momento o fogo pode descer e chegar aqui. Desde cedo consigo ouvir os estalos de dentro de casa. Estou indo trabalhar preocupada", disse.

Na mesma Estrada do Secretário, Lineu de Paula Machado, proprietário do haras Vale do Itajara, com 300 cavalos, acompanhava com preocupação o trabalho dos bombeiros.

Os agentes combatiam as chamas que já atingiam os morros da propriedade em direção aos estábulos: "Nunca mexemos nessa mata e até plantamos mais porque ela é importante para os nossos cavalos. Eles estão muito assustados, e já são animais muito estressados porque são de corrida".

Perto da entrada do haras, Télio Bernardo da Silva, de 60 anos, arriscava-se com um grupo de cinco pessoas no combate ao fogo que começava a atravessar a estrada.

"Se descer aqui, atinge a fazenda em que a gente mora. Nunca tive que fazer isso na vida, mas, só nesta semana, já foram quatro vezes", disse.

Moradora de Pedro do Rio, a dona de casa Luana Magalin da Silva, de 33 anos, teve que buscar a filha na creche CEI Educação Infantil Graça Costa, vizinha a uma área com foco de incêndio, teve que fechar as portas hoje.

"Disseram que a fumaça estava entrando na sala e não podiam deixar as crianças trancadas. Todo ano o tempo fica seco, mas nunca tinha acontecido isso por aqui", ressaltou.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros na região, Roberto Robadey, o município está entre os mais atingidos pelo fogo.

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