Aeroporto Pinto Martins: um dos maiores riscos de atraso (Jorge Andrade/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 11h55.
São Paulo - Os aeroportos do Brasil devem conseguir superar os desafios de tráfego que a Copa do Mundo apresentará, de acordo com a agência de classificação de riscos Fitch, que estima que um volume aproximado de 3,7 milhões de passageiros viajará pelas 12 sedes do evento no Brasil. Segundo a agência, desse montante total, 600 mil pessoas devem ser turistas estrangeiros.
"O Rio de Janeiro deve ter cerca de 544 mil visitantes e, em São Paulo, cerca de 390 mil", entre o início do Mundial em 12 de junho e a final marcada para 13 de julho, disse a Fitch.
"Tendo em vista que o sistema ferroviário do Brasil é limitado, a estrutura de aeroportos será essencial", afirmou a agência ao citar que, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), cerca de R$ 5,6 bilhões foram investidos para melhorar a estrutura do setor para a Copa.
"A maioria dos aeroportos está pronta para acomodar o trânsito adicional esperado. Os locais do nordeste - Salvador, Natal e Recife - já estão acostumados a operar em capacidade durante a temporada de férias e Carnaval, de dezembro e janeiro", disse.
Para a agência, atualmente, os maiores riscos de atrasos na finalização de construção até a Copa do Mundo referem-se ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, de Cuiabá, o Aeroporto Internacional Pinto Martins, de Fortaleza, e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), de Belo Horizonte.
"O aeroporto de Cuiabá apresenta a situação mais difícil, com apenas 75% das obras previstas concluídas, enquanto Fortaleza vai operar através de estruturas temporárias", ressaltou.
A agência também destacou que, sob concessão privada, o Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, de Brasília, e o Aeroporto Internacional Governador Andre Franco Montoro, de Guarulhos em São Paulo, concluíram grande parte dos investimentos.
A rede de transporte urbano é vista como mais fraca em comparação com a infraestrutura aeroportuária.
"Para acomodar o fluxo de turistas durante os dias de jogos, cidades como o Rio de Janeiro têm declarado que os dias de jogos serão feriados. Ainda que declarar um feriado diminua significativamente o tráfego, é improvável resolver completamente a necessidade de capacidade", afirmou.