Incêndio em Santos: intensidade das chamas diminuiu, mas ainda há fogo em 3 tanques (Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2015 às 08h42.
São Paulo - O combate ao incêndio nos tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, no Terminal da Alemoa, em Santos, evoluiu no fim de semana, mas as chamas ainda não foram extintas. No entanto, de acordo com a prefeitura de Santos, o incêndio deve ser extinto hoje.
Os bombeiros conseguiram, na tarde de ontem (5), extinguir as chamas de um tanque que continha etanol anidro, mas dois tanques de gasolina ainda estão tomados pelo fogo nesta manhã.
A partir de hoje, o acesso de caminhões com destino ao Porto de Santos na Via Anchieta foi restringido, em razão do incêndio. A restrição provoca congestionamento do quilômetro 33 ao 39 nesta manhã. A alça de acesso ao Viaduto da Alemoa continua fechada. De acordo com a prefeitura, a medida visa a evitar que a entrada de Santos fique bloqueada.
O incêndio teve início na última quinta-feira (2): seis tanques foram atingidos. O Corpo de Bombeiros utiliza sete rebocadores, que bombeiam água do mar com espuma para apagar o fogo, e fazem o resfriamento dos tanques ao redor.
De acordo com a prefeitura, os bombeiros dispõem de 30 mil litros de espuma em reserva. Os Bombeiros também contam, desde ontem, com o auxílio de uma viatura com visão térmica, que permite identificar o calor nos cilindros, mesmo quando não há chamas. Um aparelho vindo do Exército também vai ajudar na detecção de partículas sólidas e de gás no ar, que podem oferecer perigo à saúde da população de Santos.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) vem medindo a qualidade do ar em vários pontos da região: até ontem, não havia identificado alterações nos índices habituais nas cidades de Santos e Cubatão. As equipes da Cetesb também monitoram uma mortandade de peixes no estuário e no Rio Cubatão, possivelmente pela contaminação da água em razão do incêndio. Os peixes foram recolhidos para análise.
A prefeitura de Santos informou que o possível impacto ao meio ambiente, de responsabilidade da empresa Ultracargo, poderá gerar multas de até R$ 50 milhões.