Homens trabalhando na reforma do entorno do Maracanã, um dos estádios que deverá receber jogos da Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 08h50.
São Paulo - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, planeja retornar ao Brasil no dia 19 de maio. Desta vez, virá para ficar. Vai se instalar no Rio até o final da Copa do Mundo e, ao chegar, pretende apenas trabalhar nos "retoques finais" na preparação dos estádios para a competição. Espera que os eventos-teste que a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) Programaram para as arenas que ainda estão por concluir sejam suficientes para resolver os principais problemas.
Pode não ser bem assim. Mesmo porque, testes operacionais à parte, ainda há "detalhes" superimportantes para resolver. As estruturas provisórias, por exemplo. No Itaquerão, em São Paulo, há vários itens que nem sequer foram contratados até agora. É o caso da empresa que montará as tendas que deverão abrigar a imprensa. Também não estão totalmente definidos os fornecedores do mobiliário para as áreas vips.
No Beira-Rio, em Porto Alegre, os trabalhos de montagem das provisórias começaram no último sábado com a instalação dos primeiros estúdios da empresa contratada pela Fifa para gerar e transmitir imagens da Copa. No entanto, nem tudo está resolvido.
Apesar de a prefeitura e o governo estadual terem "entrado no circuito" para ajudar a viabilizar o pagamento das provisórias - por contrato, essa obrigação era do Internacional, o dono do estádio - e da criação de um incentivo fiscal para empresas interessadas em bancar total ou parcialmente os R$ 25 milhões de custo estimado da maior parte das instalações. Até agora, somente uma indústria da área de metalurgia e outra que produz refrigerantes se mostraram dispostas a investir no projeto.
Na Arena da Baixada, em Curitiba, a situação também é complicada, de acordo com o próprio Valcke, que na semana passada cobrou agilidade nas estruturas para a mídia e na área de tecnologia da informação.
As estruturas provisórias têm tudo para fazer a dor de cabeça de Valcke aumentar a partir de agora. Na última sexta-feira, ele voltou a assegurar que a Fifa não vai pagar pelas estruturas e pedir o reembolso depois, embora os contratos prevejam essa possibilidade. "A Fifa não trabalha com essa hipótese e confia de que tudo estará resolvido", disse. É esperar para ver.
Cuiabá
O segundo teste da Arena Pantanal (o jogo de sábado entre Luverdense e Vasco pela Série B do Brasileiro) mostrou evolução na operação em relação ao primeiro evento - o empate por 0 a 0 entre Mixto e Santos no último dia 2 -, mas também que ainda há muita coisa por fazer. Restos de materiais de obras e sujeira dos banheiros foram os principais problemas verificados.
Como o estádio não está concluído - falta colocar agora cerca de 10 mil cadeiras -, havia muito entulho tanto do lado de dentro como o de fora. Máquinas e equipamentos também foram vistos em alguns setores. Vários banheiros da Arena Pantanal ainda não estão acabados. Há partes de cimento. Também faltou energia em um deles e, no geral, todos estavam bem sujos.
O acesso ao lado interno do estádio, feito rapidamente, a segurança, a orientação dadas aos torcedores e o atendimento nos bares foram aspectos elogiados pelos torcedores.