Relógio Parmigiani Pershing CBF: a distribuição de presente de luxo é proibida (Divulgação/Parmigiani)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 11h05.
Genebra - A Fifa ordenou que dirigentes devolvam os relógios dados pela CBF durante a Copa do Mundo de 2014 como presentes, sob a ameaça de abrir processos legais contra os cartolas que não entregarem de volta os "agrados" da entidade brasileira até o dia 24 de outubro. A CBF, porém, não será penalizada pela entidade.
A reportagem revelou no último sábado que a Fifa havia aberto um processo para investigar a situação depois que recebeu denúncias de que a CBF, no primeiro dia da Copa do Mundo no Brasil, entregou uma bolsa com presentes para 65 dirigentes de diversos países, inclusive ao presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Uma denúncia foi feita à entidade, alertando que a distribuição de presentes de luxo era proibida. A Fifa decidiu investigar o caso e, agora, determina que a CBF "não deveria ter oferecido os relógios". Aqueles que receberam deveriam ter verificado se tais presentes eram legais e o que estava dentro das bolsas colocadas nos quartos de cada dirigente.
Agora, o Comitê de Ética da Fifa decidiu exigir o retorno dos relógios e vai doá-los para instituições de caridade. No fim de semana, a CBF havia dito que todos os relógios já haviam sido recolhidos, o que não confere com a versão da Fifa. Ainda assim, a CBF não será punida.
Segundo a Fifa, a CBF informou que comprou cada um dos 65 relógios por cerca de US$ 8 mil (aproximadamente R$ 19 mil). Mas, de acordo com a investigação, o preço de mercado do produto de luxo era de US$ 25 mil (R$ 59 mil).