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Fiesp e Firjan pedem bom senso para estabilidade no país

As federações divulgaram nota em defesa da posição de Michel Temer e reafirmaram que o momento econômico e político brasileiro "é de responsabilidade"


	O vice-presidente Michel Temer
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O vice-presidente Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 19h38.

São Paulo - As Federações das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan) divulgaram nota conjunta nesta quinta-feira, 06, em defesa da posição do vice-presidente Michel Temer (PMDB), na qual reafirmam que o momento econômico e político brasileiro "é de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil".

"A indústria brasileira se associa ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil", diz a nota, assinada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.

Em meio a escalada da crise econômica e política do governo da presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 05, Temer, que é responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, fez uma declaração à imprensa conclamando o Congresso Nacional a unificar o País e, em uma fala emocionada, disse que "é preciso pensar no País acima dos partidos, acima do governo" e que não há como "trabalhar separadamente".

"É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos e fazer este apelo e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o País. Eu sei que os brasileiros não contam com isso. Os brasileiros querem que o Brasil continue na trilha do desenvolvimento e, por isso que, mais uma vez, reitero que é preciso pensar no País acima dos partidos, acima do governo e acima de toda e qualquer instituição. Se o País for bem, o povo irá bem. É o apelo que eu faço aos brasileiros e às instituições no Congresso Nacional", disse o vice-presidente.

A nota, que classifica a atual crise política e econômica como "a mais aguda dos últimos vinte anos", diz ainda que os brasileiros confiaram o destino do país aos políticos nas últimas eleições que "é hora de colocar de lado ambições pessoais ou partidárias e mirar o interesse maior do Brasil".

"É preciso que estes representantes cumpram seu mais nobre papel - agir em nome dos que os elegeram para defender pleitos legítimos e fundados no melhor interesse da Nação", diz o texto.

As federações destacam ainda que é fundamental que todas as forças políticas se convençam da necessidade de trabalhar em prol da sociedade.

"A Firjan e Fiesp vêm a público manifestar seu apoio à proposta de união apresentada ontem pelo Vice-Presidente da República, Michel Temer. O momento é de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil", diz a nota.

Apesar do apoio a institucionalidade, Fiesp e Firjan fizeram críticas ao governo ao afirmar que o País não pode mais permitir "irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos".

"Ao mesmo tempo, é preciso que o governo faça sua parte: cortando suas próprias despesas; priorizando o investimento produtivo; deixando de sacrificar a sociedade com aumentos de impostos", completa o texto.

A nota menciona ainda apoio às iniciativas de combate à corrupção em andamento, destacando que é fundamental que os desvios devidamente comprovados devem ser punidos "exemplarmente".

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