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FHC diz que decisão do Supremo se obedece

"Quem estiver inconformado: recorre. Nós estamos numa democracia, isso é mais importante que qualquer coisa", disse ex-presidente

FHC: "Eu não opinei nunca sobre essa matéria, porque não é uma matéria para político, é para juristas" (Lula/Divulgação)

FHC: "Eu não opinei nunca sobre essa matéria, porque não é uma matéria para político, é para juristas" (Lula/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 15h50.

São Paulo - O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou na manhã desta quinta-feira, 5, que decisão do Supremo se obedece, em referência à decisão tomada na madrugada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de não conceder o habeas corpus preventivo ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo placar apertado de 6 votos a 5.

"Eu vou dizer uma só coisa, que é o seguinte: Supremo decide, a gente obedece. Eu não opinei nunca sobre essa matéria, porque não é uma matéria para político, é para juristas. Quando tomada a decisão, acata. Quem estiver inconformado: recorre. Nós estamos numa democracia, isso é mais importante que qualquer coisa. E na democracia vale a lei e somos todos iguais perante a lei", disse o tucano depois de relatar sobre se manifestar a respeito.

Fernando Henrique participou nesta quinta de uma homenagem à ex-primeira-dama Ruth Cardoso, com quem foi casado por 55 anos, até sua morte em 2008. A Prefeitura de São Paulo denominou um trecho de 8 km da Marginal dos Pinheiros, antes chamado de Rua Hungria, como Avenida Dra. Ruth Cardoso.

FHC e os filhos Paulo Henrique e Beatriz receberam como presentes mini réplicas das placas de trânsito instaladas na marginal, numa medida que difere do tratamento dado pelo município à também ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Lula, morta em 2016, que passou a dar nome a um viaduto da zona sul em fevereiro deste ano. Na ocasião, no entanto, a inauguração se deu sem a presença do prefeito e os familiares não foram presenteados com placas pela Prefeitura.

Ao ser questionado sobre a diferença no tratamento de homenageados pela cidade, Doria afirmou que ele, como prefeito, brasileiro e cidadão, só faz homenagem a quem merece. "E ponto."

Sobre a decisão do STF, o prefeito afirmou ter se sentido "recompensado", pois a negativa do habeas corpus a Lula se deu no cumprimento da Constituição e atendeu ainda aos "sentimentos dos brasileiros de bem".

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