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FGV: inflação pelo IPC-S é de 0,61% na 3ª prévia do mês

Esta foi a menor taxa apurada pelo indicador desde a quarta semana de outubro de 2010

Inflação do IPC-S, medida pela FGV, apresentou desaceleração no grupo Alimentos (Germano Luders/EXAME)

Inflação do IPC-S, medida pela FGV, apresentou desaceleração no grupo Alimentos (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 09h02.

São Paulo - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) foi de 0,61% até a quadrissemana finalizada em 22 de fevereiro (terceira prévia do mês), informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da taxa apurada na prévia anterior, de até 15 de fevereiro, que mostrou alta de preços de 0,82%.

Segundo a FGV, esta foi a menor taxa apurada pelo indicador desde a quarta semana de outubro de 2010, quando o índice subiu 0,59%. Entre as sete classes de despesa pesquisadas pela fundação, quatro apresentaram decréscimos em sua taxa de variação de preços, entre a segunda e a terceira quadrissemana de fevereiro.

Alimentos

Pela segunda vez consecutiva, a perda de força na inflação dos alimentos levou a uma desaceleração do IPC-S. Os alimentos registraram alta de preços de 0,17% na terceira prévia de fevereiro, ante taxa de 0,55% na prévia anterior. No mesmo período, o IPC-S geral recuou de 0,82% para 0 61%.

Entre os alimentos, os destaques ficaram por conta da desaceleração e da queda de preços em hortaliças e legumes (de 8 39% para 5,73%), carnes bovinas (de -2,70% para -2,88%) e adoçantes (de 0,10% para -0,68%). Mas o grupo Alimentação não foi o único a mostrar desaceleração de preços no período. Outras três classes de despesa, entre as sete usadas para cálculo do indicador, mostraram decréscimos em sua taxa de variação de preços. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 1,95% para 1,16%), Transportes (de 2,21% para 1,76%) e Vestuário (de -0,47% para -0,65%).

As três classes de despesa restantes apresentaram aceleração na variação de preços. É o caso de Habitação (de 0,46% para 0,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,40%) e Despesas Diversas (de 1,48% para 1,51%). Entre os produtos pesquisados no varejo, a FGV informou que as altas mais expressivas foram registradas em tarifa de ônibus urbano (3,04%), alface (18,92%) e tomate (15,79%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em batata-inglesa (recuo de 9,05%), limão (baixa de 23 67%) e filé mignon (queda de 12,37%).

Construção civil

A inflação na construção civil ganhou força em fevereiro. O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), que mede a evolução de preços no setor, subiu 0,39% este mês, o que indica uma leve aceleração ante a taxa de 0,37% registrada em janeiro. Com o resultado, o índice acumula alta de 0,76% no ano e de 7,46% nos 12 meses encerrados em fevereiro. O INCC-M representa 10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).

Ao detalhar o desempenho do índice em fevereiro, a FGV informou que os preços de materiais, equipamentos e serviços subiram 0,65%. Em janeiro, a inflação deste segmento foi menos intensa, de 0,42%. Já os preços de mão de obra subiram 0,12% em fevereiro, após registrarem alta de 0 32% em janeiro.

Entre os produtos pesquisados para cálculo do indicador, as mais expressivas elevações de preços na construção civil foram apuradas em condutores elétricos (4,92%), taxas de serviços e licenciamentos (2,12%) e vale transporte (2,46%). Já as mais expressivas quedas foram identificadas em massa de concreto (baixa de 0,58%), tubos e conexões de PVC (recuo de 0,16%) e tábua de 3ª (queda de 0,27%).

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