Brasil

FGV: inflação da baixa renda é de 1,40% em janeiro

Com o resultado, o índice acumula alta de 7,41% em 12 meses

Alimentação é um dos grupos que apresentaram desaceleração de preços (Antonio Milena/EXAME.com)

Alimentação é um dos grupos que apresentaram desaceleração de preços (Antonio Milena/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 08h24.

São Paulo - A inflação sentida por famílias de baixa renda quase dobrou em janeiro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, avançou 1,40% no mês passado, após mostrar alta de 0,86% em dezembro. Com o resultado o índice acumula alta de 7,41% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em janeiro ficou acima da inflação média apurada entre famílias com ganhos maiores, que têm renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, conforme o Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). O indicador mostrou alta de preços de 1,27% em janeiro. A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também se posicionou acima da apurada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 6,21%.

Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, apenas duas apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de dezembro para janeiro. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,02% para 3,51%) e Transportes (de 0,13% para 5 11%). Os dois grupos sofreram os impactos, respectivamente, dos reajustes nos preços de tarifa de ônibus urbano (5,52%) e curso de educação infantil pré-escolar (8,43%) em janeiro.

Os cinco grupos restantes apresentaram desaceleração de preços. É o caso de Alimentação (de 1,43% para 1,32%), Habitação (de 0 35% para 0,26%), Vestuário (de 1,42% para 0,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,73% para 0,27%) e Despesas Diversas (de 0,59% para 0,45%).

A FGV informou ainda que, em janeiro, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas na já citada tarifa de ônibus urbano, no tomate (39,30%) e na cenoura (32,78%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em limão (recuo de 27 44%), feijão carioquinha (baixa de 14,16%) e acém (queda de 2 27%).
 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInflaçãoPreços

Mais de Brasil

Bolsonaro diz que médico trata o caso dele como grave e que foi 'derrubado pelo próprio corpo'

Bolsonaro deve ser operado em Brasília neste domingo

Percepção de violência aumentou mais em SP do que no restante do país, afirma Datafolha

Após visitar Bolsonaro, senador afirma que ex-presidente será transferido para Brasília em UTI aérea