Brasil

FGV: confiança cai mais entre famílias de classe média

Entre as famílias com ganhos mensais de R$ 2.101 a R$ 4.800, o ICC caiu 4,3% em dezembro ante novembro

As outras três faixas de renda também apresentaram taxas negativas no ICC em dezembro ante novembro

As outras três faixas de renda também apresentaram taxas negativas no ICC em dezembro ante novembro

DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 14h54.

São Paulo - Famílias com ganhos mensais entre R$ 2.101 e R$ 4.800 demonstraram queda maior da confiança entre as quatro faixas de renda pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o cálculo do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de dezembro, que mostrou queda de 2,1% ante novembro.

Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, entre as famílias com ganhos mensais de R$ 2.101 a R$ 4.800, o ICC caiu 4,3% em dezembro ante novembro, ou o dobro da média negativa apurada pelo ICC para todas as faixas de renda. O especialista classificou as famílias desta faixa de renda como exemplo da classe média brasileira.

As outras três faixas de renda também apresentaram taxas negativas no ICC em dezembro ante novembro, mas menos intensas do que a detectada entre as famílias consideradas de classe média. Entre as famílias com ganhos mensais até R$ 2.100, o ICC caiu 1,1% no período. Entre as famílias com renda mensal de R$ 4.801 a R$ 9.600, o ICC também mostrou queda de 1,1%. Já entre as famílias com ganhos mensais acima de R$ 9.601, houve queda de 1,2% no indicador de dezembro contra novembro.

Campelo não descartou novas quedas mensais futuras para o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), caso permaneça o cenário atual de expectativas de elevação de juros e avanço da inflação no varejo. "Se esta expectativa continuar, se a perspectiva de juros altos e inflação mais elevada permanecer nos próximos meses, parece razoável supor que a confiança do consumidor ou poderá se manter no mesmo patamar ou poderá cair. Mas isso é uma suposição", disse.

 

Acompanhe tudo sobre:ConfiançaConsumorenda-pessoal

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência