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Festa no apê: Temer janta com parlamentares em busca de apoio

ÀS SETE - Na busca pelos 263 votos para mostrar que não perdeu apoio, Temer promove jantar na casa do primeiro vice-presidente da Câmara, o Fabinho do Apê

TEMER NA CHURRASCARIA: em jantar de hoje, presidente deve pedir apoio à base aliada no Congresso em prol de ter forte votação em sua segunda denúncia / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

TEMER NA CHURRASCARIA: em jantar de hoje, presidente deve pedir apoio à base aliada no Congresso em prol de ter forte votação em sua segunda denúncia / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2017 às 06h32.

Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 07h15.

O governo segue parada enquanto o presidente Michel Temer segue a agenda da salvação da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República.

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Na busca pelos 263 votos para mostrar que não perdeu apoio legislativo, Temer promove nesta terça-feira um jantar na casa do primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), o Fabinho do Apê. O presidente cumpriu a mesma rotina na passagem da primeira denúncia no legislativo.

Nesta denúncia, Temer é acusado de obstrução de Justiça e participação em organização criminosa, acusação que também pesa sobre os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

É esperado que a maior parte dos deputados permaneça ao lado do governo, não dando prosseguimento à tramitação do texto, assim como ocorreu com a primeira denúncia, que passou pelo plenário no começo de agosto.

O problema de Temer não é conseguir os 171 votos necessários para impedir a continuidade da pauta, mas não ficar abaixo dos 263 votos que recebeu em agosto, mostrando que sua base continua sólida com a maioria dos 513 parlamentares.

De acordo com estimativas feitas por aliados, o presidente pode perder até 20 votos a nesta votação. Na Comissão de Constituição e Justiça, o placar da segunda denúncia foi de 39 a 26 a favor de Temer, enquanto havia sido de 41 a 24 em julho.

Para isso o último apelo do presidente hoje é fundamental. Na última janta promovido por Ramalho, quando 80 deputados estavam presentes, Temer falou sobre como foi “ingênuo” ao ter sido gravado por Joesley Batista e disse ser vítima de de “banditismo”.

Ramalho, um deputado influente na bancada de Minas Gerais, já rompeu com Temer em outros momentos, mas voltou para a ala governista. Conhecido por sempre temperar as reuniões com comida mineira e fartas porções de leitão a pururuca, o deputado ganhou espaço no governo e até na comitiva de Temer rumo à China, quando o avião do presidente decolou com as iguarias a bordo.

A noite de hoje deve ser regada com o famoso leitão. A de amanhã deve ter um sabor mais italiano. De pizza.

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