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Fernandinho Beira-Mar é condenado a mais 120 anos de prisão

O traficante foi condenado por quatro homicídios


	Beira-Mar: o traficante já acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão
 (Luiz Roberto Lima/Futura Press/VEJA/VEJA)

Beira-Mar: o traficante já acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão (Luiz Roberto Lima/Futura Press/VEJA/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 07h38.

Rio - O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de 47 anos, tido pela polícia como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, foi condenado na madrugada desta quinta-feira, 14, a 120 anos de prisão por quatro homicídios.

Os crimes, segundo o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, foram cometidos a mando dele durante uma rebelião no presídio de Bangu 1, na zona oeste da capital, em 11 de novembro de 2002.

As vítimas foram o traficante Eraldo Pinto Medeiros, conhecido como Uê, líder do Amigo dos Amigos (ADA), facção rival do Comando Vermelho, e outros três integrantes da mesma quadrilha.

O julgamento, realizado no Fórum do Rio, no centro, começou às 15h20 desta quarta-feira (13) e se estendeu por mais de dez horas, até a madrugada de hoje.

Embora Beira-Mar, em depoimento, tenha negado a responsabilidade pelos crimes, os jurados o consideraram culpado pelos quatro homicídios, todos duplamente qualificados (por motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima).

Na sentença, o juiz Fábio Uchoa escreveu que "na empreitada criminosa, o réu agiu com intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando (...) e, após a execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer as vidas dos demais sobreviventes da quadrilha rival".

O traficante, que foi preso em 2002 e desde 2012 ocupa uma cela no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, já acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão. Beira-Mar ainda responde a outros processos que continuam tramitando.

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