Brasil

Grupo Femen não existe mais no Brasil

Site oficial da organização feminista revoga os direitos da filial brasileira, liderada por Sara Winter, de usar logo e termos criados pela sede na Ucrânia


	Sara Winter em protesto do Femen Brazil: ex-líder da filial do grupo no Brasil já havia dito que não cessaria suas atividades feministas no país
 (REUTERS)

Sara Winter em protesto do Femen Brazil: ex-líder da filial do grupo no Brasil já havia dito que não cessaria suas atividades feministas no país (REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 09h30.

São Paulo – Mais um capítulo na polêmica do grupo Femen no Brasil: desta vez, com ações definitivas. Depois de desentendimentos entre a filial brasileira, aberta e liderada por aqui por Sara Winter, e a sede na Ucrânia, o Femen, por meio de nota oficial em seu site, confirma o fim do grupo no Brasil.

Sara é acusada de problemas de organização e abusos financeiros pelo grupo ucraniano, que revogou os direitos da brasileira de usar o nome e os logos do Femen, além de palavras “sextremismo”, criadas pelas feministas da Ucrânia. Sara negou as acusações de mau uso de dinheiro.

Segundo o comunicado, a sede pretende abrir oficialmente uma filial no Brasil nos próximos meses e promete “explodir o Brasil e a região da América Latina com um furacão de sextremismo”.

A agora ex-representante do Femen no Brasil já teve seu nome relacionado a diversas polêmicas. Sara Winter admitiu ligação com o neonazismo, o que classificou como “erro da juventude”, e foi acusada por ex-membros do grupos de ser centralizadora e pouco transparente nas decisões. A brasileira já havia dado declarações de que, independente da ligação oficial com o grupo da Ucrânia, não cessaria as atividades feministas e de protesto no país.

Pelo Facebook, o grupo brasileiro se manifestou em defesa da sua representante, afirmando que "os erros foram cometidos na esperança de fazer o certo" e que "Sara Winter nunca agiu de má fé". Segundo o post, a ativsta não usava de sua influência para conseguir dinheiro e os recursos financeiros nunca foram desviados para fins pessoais.

Na manifestação oficial do grupo no Brasil, as ativistas atacaram o Femen da Ucrânia, criticando a organização por "tratar-se de uma empresa que quando percebe que seus lucros estão ameaçados, não vê problemas em cortar quem atrapalha". O comunicado ainda afirma que elas não mais vão representar o Femen no país, vão lutar contra essa organização, que acusam de querer se beneficiar dos "holofotes da Copa do Mundo" e pretendem criar uma nova, "horizontal e transparente". 

O Femen é conhecido pelos protestos feitos pelas garotas contra o machismo, patriarcalismo e a exploração sexual. Os protestos chamam atenção por serem protagonizados por jovens mulheres nuas ou seminuas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilMulheresPolítica no BrasilProtestosUcrânia

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022