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Feliciano diz que Comissão era antes "dominada por Satanás"

Em culto no sul de Minas Gerais, pastor evangélico afirmou que a Comissão de Direitos Humanos era "dominada por Satanás" até sua chegada


	Marco Feliciano: "Se é pra gritar, tem um povo que sabe o que é grito", disse o pastor, chamando os fiéis para responder os protestos.
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marco Feliciano: "Se é pra gritar, tem um povo que sabe o que é grito", disse o pastor, chamando os fiéis para responder os protestos. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 09h34.

São Paulo - O deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, disse em culto na última sexta-feira que a Comissão que preside era, antes dele, "dominada por Satanás".

"Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por Satanás", disse o pastor em vídeo divulgado no YouTube.

A declaração foi dada em resposta a protestos que aconteciam do lado de fora do ginásio em Passos, no sul de Minas Gerais.

Em seguida, o pastor, que é acusado de homofobia e racismo por seus opositores, discorreu sobre um seminário sobre "diversidade sexual na primeira infância" que ocorreu na comissão em 2012. "Eu morro, mas não abandono minha fé. Eu morro, mas não deixo de pregar verdades.", disse.

Na época, o seminário gerou polêmica por trazer uma visão de psicólogos sobre a descoberta da sexualidade em crianças de 0 a 6 anos. 

Feliciano, que já havia reclamado da "perseguição" sofrida, novamente se disse cansado, mas afirmou que "Cristo o colocou lá para abrir os olhos da Igreja brasileira". Em relação aos protestos, o pastor disse que a natureza de seus opositores é "gritar, xingar, falar palavras de ordem, dar beijos no meio da rua, tirar a roupa" e conclamou seus fiéis a não permanecer em silêncio.

Segundo o deputado, ele já teve mais de 20 participações em eventos canceladas por conta dos protestos contra sua posição na CDHM.

O pastor ainda aproveitou para fazer críticas à "mídia tendenciosa" e às atrizes Fernanda Montenegro e Camila Amado, que se beijaram em um protesto pedindo sua renúncia

"Mal sabem elas [Fernanda Montenegro e Camila Amado] que não estavam me atormentando. Estavam mostrando ao povo brasileiro, que ainda é um povo família, que respeita o ser humano, que o que eles lutam não é por direitos, mas por privilégios", concluiu.

Amanhã, Feliciano terá uma reunião com líderes da Câmara - incluindo o presidente, Henrique Eduardo Alves - que esperam convencê-lo a renunciar para encerrar o que vem sendo considerado uma espécie de crise institucional da Casa.

Confira o vídeo completo:

https://youtube.com/watch?v=P8MbypE7Mjk%3Frel%3D0

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