A volta das aulas presenciais ainda está indefinida em boa parte das universidades brasileiras (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 17 de agosto de 2020 às 06h56.
Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 17h18.
Após cinco meses paralisadas por causa da pandemia, as aulas em duas universidades federais retomam, de forma virtual, nesta segunda-feira, 17. A volta das atividades ocorre em meio à indefinição sobre a segurança de autorizar o ensino presencial por causa do contágio e das mortes por covid-19 em níveis altíssimos no Brasil.
Na Universidade de Brasília, os estudantes vão usar plataformas da Microsoft como Office 365 para as aulas. Até 4 de setembro a ideia é familiarizar professores e alunos com as ferramentas digitais e, só a partir daí, retomar o calendário escolar paralisado em março.
Na Universidade Federal de Pernambuco, as aulas paralisadas em 16 de março também retomam nesta segunda de forma virtual. A universidade prometeu ceder computadores a estudantes sem condição financeira para comprá-los.
Além disso, instituiu que este semestre será suplementar. Na prática, isso significa que os alunos sem disposição para frequentar as aulas virtuais poderão retornar à universidade quando voltarem as atividades presenciais – um cenário ainda sem data para ocorrer.
A volta das aulas presenciais ainda está indefinida em boa parte das universidades brasileiras por causa da persistência dos níveis altos de contágio e de mortes pela covid-19 país afora.
Na Universidade de São Paulo, a expectativa é retomar o calendário presencial só em 2021. Quase 100% das 6.000 disciplinas teóricas oferecidas na universidade no primeiro semestre de 2020 foram dadas de maneira virtual num calendário que terminou em 18 de julho. O segundo semestre começa nesta terça-feira, 18 de agosto, também no esquema virtual.
É uma situação parecida à da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que retomou parte das disciplinas de forma virtual em 13 de julho. A direção da universidade prevê a volta às salas de aula só em 2021 – ainda sem uma data definida.
No ensino básico, o calendário tem sido postergado em diversos estados em virtude do descontrole da pandemia. No estado de São Paulo, a volta às aulas inicialmente marcada para 8 de setembro foi adiada para 7 de outubro. Na capital paulista, ainda não há data definida, podendo ser postergada para novembro, segundo a secretaria de educação. Encontrar algum consenso sobre a volta das aulas presenciais não é um desafio apenas das universidades brasileiras.