Brasil

Fecomercio: cresce intenção de consumo em SP

Segundo a entidade, o bom momento econômico, aliado ao pagamento do 13º salário, mostra que as famílias paulistanas estão mais propensas a consumir mais neste Natal

No aspecto Nível de Consumo Atual, o crescimento foi de 8,1% na comparação com novembro (Spencer Platt/Getty Images)

No aspecto Nível de Consumo Atual, o crescimento foi de 8,1% na comparação com novembro (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 14h05.

São Paulo - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), registrou em dezembro 147,2 pontos, uma alta de 3,6% em relação ao mês passado. O resultado é o maior do indicador, criado em agosto de 2009. Comparado com o mesmo período de 2009, a alta é de 9,2%. Segundo a entidade, o bom momento econômico, aliado ao pagamento do 13º salário, mostra que as famílias paulistanas estão mais propensas a consumir mais neste Natal do que no ano passado.

Composto por sete itens, o ICF avalia o emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de 0 a 200 pontos, onde abaixo de 100 é considerado insatisfação e acima de 100 é avaliado como satisfação. A pesquisa é feita com cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.

No aspecto Nível de Consumo Atual, o crescimento foi de 8,1% na comparação com novembro. O item fecha o ano com 122 pontos. Na comparação com dezembro de 2009, houve alta de 18,3%.

O indicador aponta que as famílias estão com mais recursos financeiros e maior facilidade na aquisição de crédito em relação ao mesmo período de 2009. Assim, o item Renda Atual encerra o ano de 2010 com alta de 1,7% ao atingir 158,6 pontos. Já o item Acesso a Crédito subiu 1,2% em dezembro, atingindo 165 4 pontos, o que é o maior patamar no histórico do indicador.

Com expectativas positivas na área profissional, o levantamento mostra que as famílias estão satisfeitas em relação às suas condições financeiras e mais propensas a comprar bens duráveis. O item Momento para Duráveis registrou alta em dezembro em relação ao mês anterior - de 3,8%, alcançando 148,3 pontos -, assim como Perspectiva Profissional - 6,5% e 138,2 pontos. Os indicadores Emprego Atual e Perspectivas Profissional cresceram 4,1% (147,7 pontos) e 6,5% (138,2 pontos) respectivamente em dezembro na comparação com novembro.

Esse otimismo deve refletir no crescimento do consumo e sustentar o aumento estimado em 8,8% nas vendas do comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da entidade, ultrapassando os R$ 11 bilhões de faturamento real em dezembro. Para 2011, a Perspectiva de Consumo indica a continuidade da satisfação do consumidor, pois registrou alta de 1,7% em relação a novembro (150,1 pontos) e 8,3% em relação ao mesmo período de 2009.

Em sua análise sobre 2010, a Fecomercio-SP destaca momentos importantes que influenciaram no comportamento dos consumidores, entre eles a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no começo do ano, a recuperação do País diante da crise, o reflexo da crise europeia no ânimo dos consumidores e o aumento acentuado dos preços no segundo trimestre. No entanto, a entidade faz um alerta para 2011: a contínua pressão de preços proveniente do segmento de alimentos, devido aos tradicionais problemas causados por condições climáticas desfavoráveis no início do ano, e a política monetária do aumento do depósito compulsório, que levará ao aumento da taxa de juros para o consumidor, podem afetar esse grau de otimismo.

 

Acompanhe tudo sobre:América Latinacidades-brasileirasConsumoDados de BrasilMetrópoles globaisSão Paulo capital

Mais de Brasil

Primeiras ondas de frio chegam ao Brasil em abril — mas calor ainda deve predominar

Anvisa emite alerta sobre cremes dentais com fluoreto de estanho após relatos de lesões orais

Lula diz que Brasil prioriza negociações com governo Trump antes de aplicar reciprocidade em tarifas