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Faz parte da política econômica ouvir a todos, diz Barbosa

No local, estava presente, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Falcão, presidente nacional do PT


	Nelson Barbosa: "Faz parte da política econômica ouvir todas as pessoas. Nos reunimos com vários parlamentares no Congresso, com lideranças empresariais, sindicais"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Nelson Barbosa: "Faz parte da política econômica ouvir todas as pessoas. Nos reunimos com vários parlamentares no Congresso, com lideranças empresariais, sindicais" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 16h39.

São Paulo - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira, 19, que "faz parte da política econômica ouvir todas as pessoas", ao justificar a palestra que fez nesta manhã sobre conjuntura econômica e cenários para 2015 e 2016, no Instituto Lula, em São Paulo.

No local, estava presente, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Falcão, presidente nacional do PT.

A visita de Barbosa ocorreu um dia depois da publicação de entrevista de Falcão à Folha de S.Paulo, na qual defendeu que a política econômica precisa mudar, mesmo que seja necessária a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Faz parte da política econômica ouvir todas as pessoas. Nos reunimos com vários parlamentares no Congresso, com lideranças empresariais, sindicais", disse Barbosa.

"O Partido dos Trabalhadores, o presidente Lula, as lideranças aqui presentes também representam uma parte importante da população e estamos aqui para ouvir as críticas e sugestões e também apresentar as nossas ações, justificar o que estamos fazendo, e ouvir ideias novas."

De acordo com o ministro, sua palestra no Instituto Lula teve como foco "apresentar as ações de política econômica, o que a gente tem feito, quais são as perspectivas, o que a gente já enviou para o Congresso Nacional, e o que a gente espera em termos de retomada, de reequilíbrio fiscal".

Barbosa disse que ouviu "várias sugestões de focar mais a política nos investimentos", principalmente os relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento e Minha Casa, Minha Vida.

"Estamos procurando fazer dentro da nossa limitação fiscal, dos recursos que nos temos. Não é um espaço fiscal tão grande quanto achávamos que teríamos no passado, mas ainda assim permite fazer várias coisas", destacou Barbosa.

"No Minha Casa, Minha Vida, temos mais de 1,5 milhão de casas contratadas para serem construídas. É um programa ainda bem extenso, substancial, que pode contribuir para a recuperação do crescimento e do investimento no ano que vem."

CPMF

O ministro afirmou ainda que a "CPMF é o plano do governo". "E trabalhamos com o Congresso para a aprovação", pontuou. De acordo com ele, a contribuição é "uma medida necessária para recuperar a receita do governo" enquanto o Poder Executivo trabalha em reformas mais estruturais do lado do gasto obrigatório.

"A CPMF tem um custo, nós sabemos disso. Mas nós propusemos essa medida porque ela e necessária, não só para 2016, mas também para 2017, 2018 e 2019", comentou o ministro.

"É uma medida que dá uma arrecadação para o governo, enquanto trabalhamos e submetemos medidas que vão controlar o gasto obrigatório, como por exemplo, o gasto da Previdência. E (as medidas) vão também dar uma melhora fiscal mais a médio prazo."

Barbosa destacou que o governo está trabalhando "para a retomada do crescimento", puxada pelo investimento.

"O primeiro passo para isso é estabilizar a situação macroeconômica. Ter uma perspectiva de estabilidade da taxa de câmbio, taxa de inflação, da taxa de juros. Isso dá maior previsibilidade para que as pessoas possam fazer planos de longo prazo", disse.

"Uma recuperação sustentada do investimento exige obviamente um cenário menos incerto sobre o longo prazo. Isso passa inicialmente por uma estabilização macroeconômica", apontou o ministro.

"Com as medidas que estão sendo tomadas para controlar a inflação, a gente espera que a inflação cairá substancialmente no ano que vem", disse.

Barbosa também apontou que governo adotou ações para recuperar o resultado fiscal, "Já apresentamos várias medidas para atingir o superávit primário de 0,7% do PIB no próximo ano", disse.

"Então são os passos iniciais, mas não é só isso. Há um programa de investimento, de concessões em andamento. Há vários programas de investimento público, como o Minha Casa, Minha Vida, como o PAC", afirmou o ministro.

"As obras de integração do São Francisco continuam andando. A geste espera concluir esse projeto no final de 2016 ou inicio de 2017", disse. "Essa é a contribuição. É focar principalmente no aumento do investimento para ter crescimento sustentado."

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