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Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h53.
Rio de Janeiro - A comunidade do Morro Santa Marta, em Botafogo, zona sul da capital fluminense, será a primeira favela da cidade a receber o projeto Rio Top Tour, que prevê o aproveitamento do potencial turístico a partir da inclusão social dos próprios moradores. Eles receberão qualificação profissional para atender os turistas. O mesmo vai ocorrer com os pequenos comerciantes do local.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Ministério do Turismo e a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do estado e será lançado amanhã (30) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta primeira fase, o investimento será de R$ 230 mil, sendo R$ 184 mil do governo federal, e R$ 46 mil do governo do Rio de Janeiro.
A secretária de Turismo do estado, Márcia Lins, explicou que inicialmente 50 moradores vão receber treinamento para trabalhar na cadeia do turismo. No interior da comunidade serão montados estandes com informações e fixadas placas e adesivos com a promoção dos pontos turísticos do lugar. Já nos bairros próximos serão distribuídos folhetos, também, com informações de turísticas nos idiomas português e inglês.
"Estamos trabalhando em conjunto com os moradores para que o projeto garanta a inclusão social de crianças, jovens e das famílias por meio do turismo", disse Lins, destacando que um levantamento da secretaria mostra que cerca de cinco mil pessoas vivem no Morro Santa Marta.
O Sebrae (Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa) também participa do projeto, com a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 2 milhões para os comerciantes da comunidade reformarem seus estabelecimentos. A Associação de Comerciantes do Santa Marta estima que mais de 100 donos de lojas do morro vão se candidatar à verba.
O Morro Santa Marta foi a primeira comunidade a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora e, ao visitar o local no último dia 13, o ministro do Turismo, Luiz Barreto, reiterou que este tipo de ação é fundamental para dar cidadania aos moradores da comunidade. "A natureza privilegiou este local e é possível aproveitarmos este potencial turístico de diversas formas, sempre focados na geração de emprego e renda". O ministro disse ainda que a intenção é levar o projeto para outras comunidades já pacificadas.