Familiares de vítimas do incêndio da boate Kiss choram suas perdas: muitos dos 231 mortos e 121 feridos eram alunos de faculdades da Universidade Federal de Santa Maria. (REUTERS/Edison Vara)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 18h37.
Buenos Aires - Os familiares das vítimas do incêndio ocorrido em 2004 na boate Cromañon, em Buenos Aires, onde morreram 194 pessoas, expressaram nesta segunda-feira sua solidariedade aos pais e amigos dos 231 jovens falecidos em circunstâncias parecidas na cidade de Santa Maria.
A associação Famílias por La Vida destacou em comunicado a similaridade entre duas "tragédias não naturais provocadas pela ambição e pela corrupção" e assinalou que ambos incêndios se desencadearam pelo uso de pirotecnia em locais fechados que, além disso, não contavam com as medidas de segurança requeridas.
"Acordamos com as imagens do horror que nos transferiram ao dia 30 de dezembro de 2004 (data do incêndio em Cromañon)", lembraram os familiares.
"Voltamos a expressar com suma tristeza e com profunda convicção que a corrupção mata, que os fogos de artifício matam, que os músicos e empresários ambiciosos matam, como os políticos corruptos matam", afirmou Famílias por La Vida no documento.
Na boate República de Cromañón, que se incendiou durante um show de uma banda de rock, morreram 194 pessoas e pelo menos 1.432 ficaram feridas.
Segundo as primeiras investigações, a boate Kiss, da cidade de Santa Maria, se incendiou na madrugada de domingo devido a um efeito pirotécnico usado por um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local quando ocorreu a tragédia.
Muitos dos 231 mortos e 121 feridos eram alunos de faculdades da Universidade Federal de Santa Maria, que realizavam uma festa na boate.