Brasil

Famílias de mortos se revoltam com taxa de túmulo em SP

Carnês cobram o valor de R$ 270, que pode ser pago integralmente, com desconto de 10%, ou dividido em dez parcelas

Túmulos: os carnês foram emitidos pela empresa funerária que administra os cemitérios da Saudade e Jardim do Éden a título de conservação e manutenção dos túmulos (KayTaenzer/Thinkstock)

Túmulos: os carnês foram emitidos pela empresa funerária que administra os cemitérios da Saudade e Jardim do Éden a título de conservação e manutenção dos túmulos (KayTaenzer/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2017 às 20h43.

Sorocaba - Familiares de pessoas mortas se surpreenderam com a chegada de um carnê cobrando taxas de conservação dos túmulos existentes nos dois cemitérios municipais de Salto, interior de São Paulo.

O documento informa que o valor de R$ 270 pode ser pago integralmente, com desconto de 10%, ou dividido em dez parcelas, sujeitas à cobrança de multa de 2% e juros em caso de atraso.

"Nem depois de morta a pessoa escapa de pagar imposto!", reagiu, em rede social, o músico Paulo Duarte.

Os carnês foram emitidos pela empresa funerária que administra os cemitérios da Saudade e Jardim do Éden a título de conservação e manutenção dos túmulos. A Câmara da cidade reagiu. "Não há lei que autorize essa cobrança", disse o vereador

Edmilson Pereira dos Santos (DEM). Ele é um dos signatários de uma representação encaminhada ao Ministério Público.

Segundo o vereador, um decreto de 2016 autoriza a funerária a cobrar apenas taxas por serviços de exumação e sepultamento.

Com base na representação, o MP abriu um procedimento de investigação.

A prefeitura informou ter notificado a empresa para suspender a cobrança que, segundo a Secretaria de Governo, só deveria ser feita de quem solicitasse à empresa os serviços de manutenção dos túmulos.

O município também abriu uma sindicância para apurar o caso. A Empresa Funerária Saltense informou que suspendeu a cobrança após a notificação da prefeitura e só vai se pronunciar a respeito depois da apuração do Ministério Público.

Acompanhe tudo sobre:Mortessao-paulo

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados