Flores são colocadas por moradores na fachada da boate Kiss, onde ocorreu um incêndio que matou pelo menos 231 pessoas, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 12h17.
São Paulo - Familiares e amigos das 242 pessoas mortas no incêndio da boate Kiss, em janeiro desse ano, participam, nesta sexta-feira, 31, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Para a sessão desta manhã, estão previstos o depoimento do ex-secretário de Mobilidade Urbana, Sergio Medeiros, e de outros três ficais da cidade. A CPI investiga possíveis irregularidades do poder público que possam ter provocado a tragédia.
Antes do início da sessão, houve confusão entre os familiares e uma funcionária da Câmara. Em nota, a Casa não especificou o ocorrido, mas lamentou o caso e disse se tratar "de uma de uma situação isolada, em que a postura de uma servidora não representa o posicionamento deste Poder Legislativo". A Câmara de vereadores disse ainda que vai analisar as imagens de segurança e aplicar as providências necessárias.
Na quarta-feira, 29, a justiça do Rio Grande do Sul liberou os quatro acusados pelo incêndio. Os dois sócios da boate (Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann) e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira (Marcelo dos Santos e Luciano Augusto Leão) estavam presos desde o dia seguinte à tragédia. Eles tiveram os passaportes confiscados e a liberdade provisória decretada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
Nessa quinta-feira, 29, centenas de parentes e amigos das vítimas saíram às ruas de Santa Maria e ao Parque Farroupilha, em Porto Alegre, para protestar contra a decisão judicial. Eles pretendem fazer uma nova manifestação nesta sexta, logo após os depoimentos da CPI. Duas jovens que estavam na boate na madrugada do dia 27 de janeiro seguem internadas.