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Falta de medicamento pode prejudicar tratamento de câncer

Medicamento é usado por 3 mil pessoas no Brasil anualmente


	A falta de remédios para o tratamento do câncer pode estar ligada ao fato de eles fornecerem aos laboratórios retornos inferiores ao esperado, afirma Silvestrini, da  Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
 (stock.XCHNG)

A falta de remédios para o tratamento do câncer pode estar ligada ao fato de eles fornecerem aos laboratórios retornos inferiores ao esperado, afirma Silvestrini, da  Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 21h55.

Brasília - As taxas de cura de câncer podem cair, caso haja um desabastecimento de L-asparaginase, medicamento utilizado no tratamento de leucemia aguda. A empresa que produz o remédio anunciou em dezembro que só tem estoque para seis meses de abastecimento.

De acordo com Anderson Sivestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, as taxas de cura, que para crianças chegam a mais de 80%,  estão muito relacionadas ao uso desse medicamento. Por ano, cerca de 3 mil pessoas, entre crianças e adultos, usam essa droga no Brasil.

“A gente já tem notícia de grande dificuldade pra comprar [a L-asparaginase] em todo o Brasil”, diz Silvestrini. Ele acrescenta que há preocupação quanto ao desabastecimento de outros remédios usados no tratamento de câncer e acredita que a falta de interesse de fabricar estes medicamentos pode ser por que eles não dão o retorno financeiro esperado pelos laboratórios.

Silvestrini disse que o problema tem proporção mundial. “Em 2012, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi ao Congresso relatar casos de desabastecimento desse medicamento. Se um laboratório privado não produz mais, que seja um do governo, talvez um acordo entre muitos países, porque essa droga é muito importante e deve ser produzida para o mundo inteiro. Nossas taxas de cura vão cair se essa droga for descontinuada”, alerta Silvestrini.

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