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Falta de docentes faz USP enxugar curso de Economia

Das 50 disciplinas oferecidas aos alunos na Universidade de São Paulo, cerca de metade é oferecida com regularidade

O Departamento de Economia da FEA tem hoje 69 professores e 17 já passaram da idade para se aposentar. Há 20 anos atrás, a faculdade tinha 120 professores (Divulgação/Veja SP)

O Departamento de Economia da FEA tem hoje 69 professores e 17 já passaram da idade para se aposentar. Há 20 anos atrás, a faculdade tinha 120 professores (Divulgação/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 09h54.

São Paulo - A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) vai enxugar a grade do curso de Economia em razão da falta de professores para lecionar matérias optativas eletivas. Das 50 disciplinas à disposição dos alunos, cerca de metade é oferecida com regularidade. Os estudantes precisam cursar entre 9 e 13 para se formar.

O Departamento de Economia da FEA tem hoje 69 professores. Desses, 17 já passaram da idade de se aposentar e 3 estão licenciados. Há duas décadas, eram 120 docentes. À medida que o contingente foi diminuindo, algumas disciplinas praticamente deixaram de existir, pois haviam sido criadas como resultado de pesquisas de professores. Alunos dizem que matérias como Economia Agrícola, Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Economia e Responsabilidade Social não abrem turmas há pelo menos três anos.

A faculdade enfrenta dificuldades para recompor o quadro de professores, entre outros motivos, por causa do aquecimento da economia. Profissionais bem formados estão sendo disputados pelas empresas. Além disso, a FEA sofre concorrência de instituições privadas - como a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Insper - que também atraem professores iniciantes. No ano passado, a USP não conseguiu preencher duas vagas abertas para docentes de Economia.

A reportagem tentou contato com o diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro, mas ele está viajando. O chefe do Departamento de Economia, Denisard Alves, e a coordenadora do curso, Vera Fava, não quiseram se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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