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Falcão volta a defender Graça Foster de acusações

"O que eu posso dizer é que ela e a direção da Petrobras têm tomado todas as medidas para investigar o que ocorreu lá e as denúncias", afirmou presidente do PT


	Graça Foster: "É pouco crível que ela, sendo alertada, não tenha tomado providência", disse Falcão
 (Pedro França/Agência Senado)

Graça Foster: "É pouco crível que ela, sendo alertada, não tenha tomado providência", disse Falcão (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 17h36.

São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, voltou a defender a presidente da Petrobras, Graça Foster, e disse que "não há nenhuma acusação envolvendo a presidenta da Petrobras".

"O que eu posso dizer é que ela e a direção da Petrobras têm tomado todas as medidas para investigar o que ocorreu lá e as denúncias", afirmou, após participar de encontro da chapa majoritária do PT em São Paulo.

Falcão afirmou que não tem conhecimento de nenhum comunicado feito a Graça com alertas de esquema de corrupção na estatal e que não acredita que a executiva tivesse conhecimento disso.

"É pouco crível que ela, sendo alertada, não tenha tomado providência", afirmou.

De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira, 12, pelo jornal Valor Econômico, Graça havia sido avisada de desvios de recursos da companhia em 2009, anos antes da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, deflagrada em março.

Em resposta, a Petrobras divulgou nota oficial argumentando que comissão interna foi instaurada para apurar as denúncias.

Falcão reforçou que a postura de Graça tem sido apurar e lembrou que assim que ela assumiu o cargo, substituiu uma parte da diretoria.

Ele destacou também que há duas auditorias externas investigando a empresa. "E agora criou uma diretoria de compliance", disse.

O presidente do PT classificou de "mais um factoide" o fato de membros da oposição pedirem a demissão de Graça da Petrobras.

"A substituição de diretores de estatais, bancos e entidades públicas são atribuições dos conselhos e da presidente da República e a oposição está criando mais um factoide", afirmou.

Falcão disse ainda que as investigações devem continuar, mas que é preciso encontrar uma fórmula que não prejudique os negócios da empresa.

"As empresas acusadas de corrupção são grandes realizadoras de obras, fornecedoras da Petrobras, e é preciso que se encontre uma solução que não implique perdão, nem impunidade, mas para que a Petrobras e o país não parem", disse.

"Para que não haja desemprego em massa, precisa haver um ponto de encontro para que as empresas possam ser punidas mas o país não pare em função disso."

Vaccari

Falcão também fez uma defesa do tesoureiro do partido e disse que o não indiciamento de João Vaccari Neto no âmbito da Operação Lava Jato é comprovação de que houve tentativa de implicá-lo sem provas.

Ele disse que há apenas "menção genérica" de que ele era o operador financeiro do PT. "Seria estranho que o operador financeiro do PT não fosse o tesoureiro", ironizou.

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