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Faculdade de Direito da USP aprova cotas raciais

Faculdade de Direito também ampliou a proporção de vagas destinadas aos alunos de escolas públicas

Cotas: 20% das vagas no direito irão para alunos auto-declarados negros e indígenas, e outros 10% para escola pública (Brainsil/Thinkstock)

Cotas: 20% das vagas no direito irão para alunos auto-declarados negros e indígenas, e outros 10% para escola pública (Brainsil/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de março de 2017 às 09h26.

São Paulo - A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) aprovou nesta quinta-feira, 30, a ampliação da oferta de vagas para alunos de escolas públicas e, pela primeira vez, a reserva de lugares para pretos, pardos e indígenas (PPIs).

Também foi aprovado novo projeto pedagógico para o curso de graduação, em que apenas dois terços das disciplinas serão obrigatórias.

Desde 2015 a faculdade destina 20% de suas 460 vagas para a seleção pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para alunos de escola pública.

Para o próximo vestibular, 30% das vagas serão reservadas para alunos oriundos de escola pública - sendo 20% para autodeclarados PPIs e 10% para o restante.

"A escola é pública e é nossa função, em um país com tantas distorções, ter essa reserva. Minha preocupação é apenas com a permanência desses alunos em São Paulo", disse José Rogério Tucci, diretor da faculdade.

O novo projeto pedagógico ainda deve passar pela avaliação do Conselho de Graduação da USP, mas a expectativa é de que comece a vigorar em 2018.

Segundo Tucci, a mudança era necessária para modernizar o curso de graduação. "Não podíamos ficar com aquela grade antiquada."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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