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Fachin quer ouvir PGR antes de julgar pedido para suspender prisão de Lula

Defesa do ex-presidente pede que STF e STJ suspendam efeitos da condenação no caso do triplex até que julguem no mérito recursos extraordinário e especial

Lula: "Nunca é confortável uma prisão em solitária, como ele está. E injusta", disse advogado do ex-presidente (Victor Moriyama/Getty Images)

Lula: "Nunca é confortável uma prisão em solitária, como ele está. E injusta", disse advogado do ex-presidente (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2018 às 22h25.

Última atualização em 11 de junho de 2018 às 22h52.

Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ouvir primeiramente a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de decidir sobre o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de suspender sua prisão.

A defesa do ex-presidente, preso há mais de dois meses, entrou no início deste mês com um novo pedido de liberdade no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A petição é para que as Cortes suspendam os efeitos da condenação no caso do triplex no Guarujá (SP) até que julguem no mérito os recursos extraordinário (analisado no STF) e especial (do STJ).

"Diante da relevância do tema, faz-se mister que se ouça a Procuradoria-Geral da República previamente. Destarte, abra-se vista à PGR. Publique-se. Intime-se", determinou Fachin, em decisão assinada nesta segunda-feira, 11.

Os recursos contra a condenação que resultou na prisão de Lula ainda precisam ser admitidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que já rejeitou a concessão de efeito suspensivo no caso.

"O nosso cliente está sofrendo uma injustiça e uma prisão que se diz confortável, mas nunca é confortável uma prisão em solitária, como ele está. E injusta", disse o advogado de Lula, Sepúlveda Pertence, depois de audiência com Fachin nesta segunda-feira.

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