Paulo Maluf: casos envolvendo o deputado é muito antigo e não há meios de aprofundar, segundo a PGR (Cristiano Mariz/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de abril de 2017 às 08h49.
Última atualização em 12 de abril de 2017 às 15h41.
No dia em que foram divulgadas, com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, as autorizações do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, para abertura de inquéritos contra 98 políticos, sete deles respiraram aliviados.
Dois ministros do governo Michel Temer, quatro deputados federais e um senador tiveram pedidos de abertura de inquéritos arquivados por Fachin.
São eles: os ministros Antônio Imbassahy (PSDB-BA), da Secretaria de Governo, e Raul Jungmann (PPS-PE), da Defesa; além do senador Romário (PSB-RJ) e os deputados Paulo Maluf (PP-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Cláudio Cajado (DEM-BA).
Ao arquivar os inquéritos, Fachin acolheu a recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No último dia 15 de março, quando foi divulgada a chamada "lista de Janot", Maluf usou as redes sociais para dizer que não era citado. "Não só não estou na Lava Jato e na lista do Janot, como não estou no mensalão", afirmou.
Maluf estava, sim, na lista de Janot, só que a investigação sobre seu caso será arquivada por se tratar de casos muito antigos e que não apresentaram meios de serem investigados e aprofundados.
No pedido de arquivamento da petição, Janot afirmou que "não há, no presente momento, viabilidades fática e jurídica para que se dê andamento a uma investigação formal em razão das pessoas mencionadas nos presentes autos".
Ao acatar o pedido da PGR, Fachin fez a ressalva de praxe. "Ressalto, todavia, que o arquivamento deferido com fundamento na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências.
Nesta terça-feira, Fachin autorizou abertura de inquérito para investigar 98 pessoas, sendo oito ministros de Estado, 24 senadores e 39 deputados federais. Ao todo 12 governadores serão investigados, três deles no próprio STF porque lhes são atribuídos crimes associados a deputados e senadores. Outros 9 investigados no Superior Tribunal de Justiça, instância que investiga governadores.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.