Lula e Dilma: outro caso que Fachin enviou a Curitiba envolve a campanha do atual deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) (Ricardo Stuckert/Facebook Lula/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de maio de 2017 às 08h56.
Última atualização em 12 de maio de 2017 às 09h23.
Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o envio de trechos das delações de João Santana e Mônica Moura que tratam do uso de caixa 2 nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, ao juiz federal Sérgio Moro.
Além da Justiça Federal no Paraná - que receberá metade -, os pedidos de investigação feitos pela Procuradoria-Geral da República serão enviados a outros quatro Estados e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Alguns casos ficarão com no próprio Supremo.
Sem contar os estrangeiros, 16 políticos brasileiros são citados em 21 petições - a 22.ª não teve o conteúdo divulgado. A Justiça Federal no Rio Grande do Norte, Sergipe, Mato Grosso do Sul e São Paulo receberão um caso cada uma.
Outro caso que Fachin enviou a Curitiba envolve a campanha do atual deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) à prefeitura de Belo Horizonte em 2012, apesar de ele ter cargo com prerrogativa de foro no Supremo.
Como a campanha de Patrus também tem menções ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), Fachin autorizou o envio de informações ao STJ.
Foro privilegiado
Há, além de Patrus, cinco políticos com prerrogativa de foro no Supremo envolvidos em possíveis crimes, de acordo com a PGR. São os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Marta Suplicy (PMDB-SP) e os deputados Zeca do PT (SP) e Vander Loubet (PT-MS).
No caso destes dois últimos, a PGR ainda não informou se pedirá um novo inquérito ou se acrescentará os fatos narrados e documentos em investigações que já existem contra os dois deputados.
Os indícios de pagamento ilícitos relacionados à campanha de 2008 de Gleisi à prefeitura de Curitiba, por já haver investigação semelhante, serão juntados ao inquérito específico que tramita no Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.