Edson Fachin: "Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2018 às 19h24.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 20h26.
Rio - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, afirmou que sua família está recebendo ameaças e que já pediu providências à presidente do STF, Cármen Lúcia.
"Uma das preocupações que eu tenho não é só com o julgamento, mas também com a segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família", afirmou, em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila que será exibida às 21h30 desta terça-feira, 27, pela Globonews.
"Algumas providências que solicitei à presidente e à Polícia Federal por intermédio da delegada que trabalha aqui no tribunal já estão sendo adotadas", afirmou Fachin.
"Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos a fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema", completou, demonstrando bastante preocupação.
Fachin, que tem 60 anos e foi indicado para o STF em junho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), não relacionou as ameaças a nenhum caso específico em que esteja atuando ou que tenha julgado.