Onyx Lorenzoni: no caso do futuro ministro da Casa Civil, a procuradora-geral pediu que sejam investigados suposto caixa 2 (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 12h38.
Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 18h19.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin acatou pedido da Procuradoria-Geral da República para abertura de investigação contra o futuro ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e outros parlamentares por trechos de delações premiadas de executivos do grupo J&F sobre episódios de caixa 2 entre 2010 e 2014.
Fachin afirmou em sua decisão, com data de segunda-feira e divulgada nesta terça, que há "necessidade de autuação de casos e autoridades especificados pelo titular da ação penal como feitos autônomos para as necessárias e ulteriores deliberações", e que os procedimentos a serem instaurados devem ser submetidos "à livre distribuição entre os ministros integrante da corte (STF), à míngua de ocorrência de qualquer causa de modificação de competência".
No pedido encaminhado ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que investigações contra Onyx e outros nove parlamentares permaneçam na corte e que sejam autuadas como petições autônomas para a continuidade das investigações.
No caso de Onyx, a procuradora-geral pediu que sejam investigados supostos episódios envolvendo caixa 2 nos anos de 2012 e 2014 que constam de planilhas entregue por delatores da JBS, processadora de carne controlada pelo grupo J&F.
Ao todo, serão abertos procedimentos em relação a quatro senadores:
E a seis deputados: