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Fábrica da família Maluf é a maior poluidora do Rio Jundiaí

A primeira fábrica da Eucatex já recebeu R$ 240 mil em multa por despejar esgoto industrial direto no leito, perto da foz no Rio Tietê

Rio Jundiaí: a cor da água escurece em um tom oleoso a partir do lançamento da Eucatex (zardeto/WikimediaCommons)

Rio Jundiaí: a cor da água escurece em um tom oleoso a partir do lançamento da Eucatex (zardeto/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 10h07.

São Paulo - Instalada desde 1954 na cidade de Salto, a cerca de 100 quilômetros da capital paulista, a primeira fábrica da Eucatex, da família do deputado federal Paulo Maluf (PP), é o principal poluidor do Rio Jundiaí e já recebeu R$ 240 mil em multa por despejar esgoto industrial direto no leito, perto da foz no Rio Tietê.

"Como a fábrica fica perto da foz, a extensão (do rio poluída pela Eucatex) é pequena, mas, em termos de impacto, é o mais expressivo de todo o rio, o ponto mais crítico", afirma o biólogo Domenico Tremaroli, gerente da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) em Jundiaí.

Segundo ele, a fábrica tem sistema próprio de tratamento dos efluentes industriais que geram a fabricação de forros e chapas isolantes, mas um problema hidráulico tem provocado o transbordamento dos resíduos com esgoto doméstico de um bairro de Salto, cuja rede corta a unidade.

O resultado é visível na cor da água do Jundiaí, que escurece em um tom oleoso a partir do lançamento da Eucatex. A cena causa revolta nos moradores de Salto que passam pelo local. "Isso é um desrespeito com o meio ambiente. Lá atrás, o rio é limpo. Mas aqui ele fica imundo com toda essa química que a fábrica despeja", afirma o aposentado Francisco José de Santana, de 56 anos.

Em nota, a Eucatex afirma que "não utiliza em seu processo de fabricação produtos químicos em quantidade significativa" e "toda água (captada do Rio Jundiaí) utilizada é devolvida em condições iguais ou melhores daquela em que é captada".

A empresa afirma que tem duas lagoas para o tratamento da água utilizada antes de devolvê-la ao rio e uma delas "teve um problema de vedação e ficou parada para reparos". Segundo a fábrica, "a Cetesb foi devidamente comunicada e o reparo está sendo feito".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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