Explosão: segundo Corpo de Bombeiros, também houve um incêndio no local, controlado pouco depois (Reprodução/YouTube)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 16h29.
Belo Horizonte - A explosão de uma fábrica de fogos de artifício matou quatro mulheres em Santo Antônio do Monte, no centro-oeste de Minas Gerais, na manhã desta terça-feira, 15.
Segundo a Polícia Militar (PM), a explosão também provocou queimaduras em um homem que foi internado sem risco de morte.
A região é um polo tradicional de fabricação desse tipo de artefato e pelo menos mais cinco pessoas morreram em ocorrências semelhantes registradas em fábricas de fogos da área nos últimos três anos.
A explosão desta terça ocorreu em um galpão da empresa Fogos Globo, que fica no bairro Bela Vista, ao lado de área urbana de Santo Antônio do Monte, e que já foi alvo de protestos para que seja transferida para outro local.
De acordo com a PM, morreram na hora Daiana Cristina Maciel, de 25 anos, Maria José Soledade, de 27, Marli da Conceição, de 35, e Maria das Graças Gonçalves, de 42.
Além do rapaz que foi internado com queimaduras, duas pessoas precisaram de atendimento no local porque estavam em estado de choque. Segundo o Corpo de Bombeiros, a explosão também provocou um incêndio no local, que foi controlado pouco depois.
Integrantes do Exército Brasileiro e da Polícia Civil foram ao local para tentar identificar o que provocou a explosão.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), a empresa onde ocorreu a explosão é registrada, está em situação regular e tem equipe técnica para tentar prevenir este tipo de ocorrência.
"Existe engenheiro de segurança e técnicos e eles têm todos os equipamentos necessários. A empresa está legal e trabalha dentro das normas de segurança", afirmou Américo da Silva, representante da direção do sindicato, segundo o qual o que ocorreu "foi um acidente".
"A perícia que vai apontar qual a possível causa", disse. A reportagem tentou contato com a direção da Fogos Globo, mas não ninguém atendeu aos telefonemas.